2008-08-23 11:25:25

Celebra-se hoje, 23 de Agosto, o Dia Mundial de Recordação do Tráfico negreiro e da sua abolição, promovido pela UNESCO


23/8/2008) A este propósito, o quotidiano da Santa Sé exprime preocupação pelo persistir ainda hoje de fenómenos de escravatura e de tráfico de seres humanos. “L’Osservatore Romano” sublinha que se trata de uma tragédia que não pertence unicamente ao passado: de facto, “a praga do tráfico de serres humano continua a afectar milhões de pessoas, na maioria mulheres e crianças, desenraizados do seu ambiente à força ou através do pagamento a pessoas que exercem autoridade sobre as vítimas”.
O jornal recorda as origens da celebração: esta jornada tem lugar no aniversário da insurreição dos escravos ocorrida em Santo Domingo na noite de 22 para 23 de Agosto de 1791, acontecimento que teve um papel crucial na abolição do tráfico trans-atlântico dos escravos. Este ano a Jornada coincide com uma outra importante comemoração: os 200 anos da abolição do tráfico de escravos nos Estados Unidos, em 1808.

Sobre o actual fenómeno da escravatura, “L’Osservatore Romano” sublinha que este “assume diversas formas – escravidão por dívidas, a servidão da gleba, trabalho forçado, exploração sexual, matrimónio precoce imposto, escravidão por motivos rituais ou religiosos – mas têm todos um denominador comum: trata-se sempre de constranger ao trabalho seres humanos que se tornam de algum modo “propriedade” de uma outra pessoa. “Os escravos fazem sempre parte dos sectores mais pobres e vulneráveis da sociedade. Trata-se geralmente de pertencentes a grupos com um status social inferior, a minorias étnicas ou religiosas, a populações indígenas ou a grupos nómadas, na maioria dos casos mulheres e crianças. Mesmo se não se tornam escravos em razão da sua origem, o facto é que esta os expõe à pobreza e a serem explorados”









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