CNBB CONTRA A LEI DE ABORTO DE FETOS COM MÁ-FORMAÇÃO
Brasília, 22 ago (RV) - O Conselho Episcopal Pastoralda CNBB se manifestou
contra a legalização de aborto de fetos malformados, em meio às expectativas sobre
o julgamento no Supremo Tribunal Federal do processo que permite às mulheres interromper
a gravidez de fetos anencéfalos, ou seja, desprovidos das partes superiores do encéfalo.
Entendemos
– diz a nota da CNBB - que os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”,
da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma
de discriminação, referem-se também aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada
todos os outros direitos são menosprezados. Uma “sociedade livre, justa e solidária”
não se constrói com violências contra doentes e indefesos. As pretensões de desqualificação
da pessoa humana ferem sua dignidade intrínseca e inviolável”.
A CNBB lembra
o direito de todos à vida e afirma que “nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito
um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação
de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não
são descartáveis. O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada
contra um ser humano frágil e indefeso”.
A CNBB destaca que “a Igreja, seguindo
a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, insistentemente, pede, que
a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz
prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que
convivem com esta realidade”.