2008-08-21 18:02:55

Subsistem problemas importantes, mas vêm-se registando passos em frente nas relações entre Rome e Pequim: Padre Lombardi sobre entrevista bispo de Pequim


O bispo de Pequim, D. Joseph Li Shan, afirmou que espera uma visita de Bento XVI à China, e destacou, numa entrevista à RAI – Radiotelevisão italiana, nesta quarta-feira, que as relações com o Vaticano melhoraram muito. "Esperamos que o Papa venha à China. É um grande desejo, e esperamos que aconteça. As relações com o Vaticano vão melhorando cada vez mais", declarou o bispo, que foi nomeado pelas autoridades chinesas, mas é reconhecido também pelo Vaticano.
O bispo católico da capital chinesa lembrou ainda que na China existem entre oito e dez milhões de fiéis católicos e que há em Pequim umas 20 igrejas, onde nos dias festivos são celebradas três ou quatro missas, com a participação de uns três mil fiéis cada.

Interrogado a propósito desta entrevista, o nosso director, Padre Lombardi, director também da sala de imprensa do Vaticano, reconheceu que as declarações do bispo Li-Shan “podem ser consideradas como um dos sinais com que, da parte chinesa, se vai respondendo à disponibilidade e aos votos manifestados pelo Papa”, na Carta enviada há um ano aos católicos do país, “na busca de uma normalização das relações entre a China e a Santa Sé”.
Padre Lombardi reconheceu que “estão ainda por resolver diversos problemas importantes, mas da parte da Santa Sé existe a intenção e a vontade de prosseguir um diálogo leal e construtivo”.

Sobre uma eventual viagem do Papa à China, o director da Sala de Imprensa da Santa Sé considerou “absolutamente prematuro” falar dessa deslocação. “Contudo – acrescentou – as palavras do bispo Li-Shan manifestam que todos os católicos chineses amam e respeitam o Papa, reconhecem a sua autoridade e gostariam muito de o encontrar”. “Tudo isto é, sem dúvida, um aspecto muito positivo e encorajador”.









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