Cidade do Vaticano, 20 ago (RV) - “Entre a Igreja católica e o Governo chinês
persistem ainda algumas dificuldades, mas já existem soluções parciais, em negociação,
que deixam bem esperar”. A afirmação é do diretor da revista jesuíta ‘Civilta Cattolica’,
pe. Gian Paolo Salvini, em um artigo publicado no" L'Osservatore Romano", no qual
define as Olimpíadas de Pequim como uma ‘oportunidade que não pode ser perdida’.
Pe.
Salvini escreve que existem dificuldades entre a Igreja católica e o governo chinês.
Algumas têm natureza internacional, outras são mais delicadas, como o papel dos bispos
na China e sua nomeação por parte da Santa Sé. Mas há soluções que fazem esperar que
as duas comunidades da única Igreja chinesa encontrem o caminho para a comunhão e
a fraternidade, assim como expressou Bento XVI em sua carta aos fiéis católicos chineses,
em 27 de maio de 2007.
“Certos gestos simbólicos, como o concerto oferecido
pela Orquestra Filarmônica de Pequim ao papa Bento XVI representam uma esperança...
mas é preciso ter paciência, porque não se pode mudar a cultura e a mentalidade de
um povo com a mesma velocidade com a qual se constrói um estádio ou uma linha de trem...
e no que se refere aos direitos humanos, a China parece ainda sofrer com um déficit
estrutural”.
“As coisas bonitas precisam de tempo e de sabedoria – conclui
o artigo da revista dos jesuítas. As Olimpíadas são apenas o início de uma nova chance.
Não podemos perdê-la”. (CM)