Quito, 19 ago (RV) - Alegando a liberdade de pregar a doutrina e a moral católica,
a Igreja Católica no Equador voltou a criticar a nova Constituição e defendeu sua
participação na campanha política do referendo aprobatório, previsto para setembro.
Em um comunicado da Conferência Episcopal, os bispos ratificaram por unanimidade
o pronunciamento feito em 28 de julho, no qual criticaram a nova Constituição, ao
constatar que existem inconsistências em temas como o aborto, a família, a educação
e a liberdade religiosa.
Os bispos reconhecem que o projeto não cita o termo
'aborto', mas sustentam que o texto deixa a porta aberta para a prática. Ao responder
às críticas sobre a postura adotada contra a nova Constituição, os bispos recordaram
convênios assinados entre Vaticano e Equador.
“É competência da Igreja, em
todo lugar, expressar-se em defesa dos princípios morais” – diz o documento, reafirmando
o valor dos acordos de 1937 entre o governo e Vaticano que, ‘embora estabeleçam a
divisão das competências, tutelam a plena e incontestável liberdade do clero de pregar
e defender a doutrina dogmática e a moral católica’. (CM)