Quito, 18 ago (RV) - Concluíram-se neste domingo em Quito, no estádio da Liga
Esportiva Universitária, na presença de 30 mil pessoas, os trabalhos do III Congresso
Americano Missionário (CAM-3) e do VIII Congresso Missionário Latino-Americano (COMLA-8).
Depois
da Missa presidida pelo arcebispo de Santo Domingo e enviado do Santo Padre, cardeal
Nicolás de Jesús López Rodríguez, deu-se início oficialmente à “Missão Continental”
chamada a relançar a evangelização dos povos americanos.
O grande desafio evangelizador
é fruto da exortação de Bento XVI e da V Conferência Geral dos bispos da América Latina
e do Caribe, que se realizou em Aparecida em maio de 2007.
O presidente do
CELAM, D. Raymundo Damasceno Assis, foi quem proclamou o envio para a missão continental,
que “deseja promover a consciência e a ação missionária permanente a fim de que o
espírito missionário penetre no mais profundo das nossas vidas e nas estruturas da
Igreja”, como ele mesmo explicou.
“Esta missão – ressaltou o arcebispo de
Aparecida – quer abranger a todos no amor de Deus, especialmente os mais pobres, os
que sofrem, oferecendo-lhes apoio para fazer frente às necessidades mais urgentes
e para defender os seus direitos e promover, assim, uma sociedade fundamentada na
justiça, na solidariedade e na paz”.
Entregando aos presidentes das Conferências
episcopais uma cópia do Tríptico que o papa deu em 2007 às Igrejas do continente,
D. Raymundo Damasceno invocou para estas comunidades a proteção de Nossa Senhora de
Guadalupe, Padroeira da América, e do Apóstolo Paulo, “missionário audaz e incansável”.
Ao
final dos congressos missionários de Quito, foram publicados a “Declaração final”
e a “Mensagem à humanidade, família de Deus”, documentos mestres para a pastoral missionária,
definida como “missão para a humanidade, serviço à Igreja e luz para as Nações”.
São
muitos os temas em torno dos quais se realizará a Missão continental, Os documentos
conclusivos ressaltam, em primeiro lugar, a vida e a família, o matrimônio e os filhos;
aqueles que sofrem as conseqüências negativas da globalização, como os migrantes forçados,
os excluídos e os empobrecidos.
Além de destacarem o papel imprescindível
do laicato no anúncio do evangelho, os documentos do Congresso ressaltam outros desafios
a enfrentar “com audácia e coerência”: jovens, cultura, ambiente, meios de comunicação
social, ecumenismo e diálogo inter-religioso. Nesta Missão continental “queremos viver
uma espiritualidade que seja expressão do ser discípulos-missionários; uma espiritualidade
das bem-aventuranças encarnadas na vida para comunicar a todos com alegria a experiência
de Deus”. Os próximos Congressos missionários se realizarão na Venezuela, na cidade
de Maracaibo. (PL)