2008-08-16 20:48:46

ENTREVISTA DO ARCEBISPO MOSCOVITA


Moscou, 16 ago (RV) - “Diante do triste espetáculo de tanta falsa alegria”, Maria nos ensina a sermos “sinais de esperança e consolação”. É uma das passagens mais significativas da homilia de ontem do papa na missa em Castel Gandolfo por ocasião da festa da Assunção de Nossa Senhora _ solenidade que a Igreja no Brasil celebrará amanhã, domingo.

O Santo Padre ressaltou que, nos momentos de dificuldade, Maria é sinal de “segura esperança”. Recordou também que Maria é realmente a “Porta do Céu”, um céu não de idéias abstratas, “mas da verdadeira realidade, que é Deus mesmo”.

A esse propósito, ouçamos a reflexão do arcebispo da Arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou, Dom Paolo Pezzi, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Dom Paolo Pezzi:- “Maria é realmente a Porta do Céu porque nela vemos plenamente realizada a humanidade, assim como Deus a criou. Em seu belíssimo hino à Virgem, Dante Alighieri diz, entre outras coisas, que Nossa Senhora é ‘vivaz fonte de esperança’: isso é justamente aquilo que nós talvez possamos mais ver na Virgem Maria, sobretudo em sua disponibilidade ao mistério de Deus, a sua simplicidade que a tornou disponível ao mistério de Deus e, por isso, desse modo a tornou para nós não somente um exemplo, mas aquela que nos acompanha ao longo do caminho da vida.”

P. Como Maria, Porta do Céu, pode tornar-se hoje ponte para a plena comunhão entre católicos e ortodoxos?  
 
Dom Paolo Pezzi:- “Creio que, em primeiro lugar, devemos olhar em Nossa Senhora essa sua disponibilidade ao desígnio de Deus. Também somos chamados a ter essa disponibilidade. Então o desejo de uma plena comunhão e os passos necessários também para essa plena comunhão se tornarão para nós como o bom pão a ser comido. Penso que sobretudo Nossa Senhora possa ser uma ponte para nós, para o nosso caminho rumo à plena comunhão, justamente porque nos convida a um ‘sim’ dito ao mistério de Deus, a um ‘sim’ que se torna _ digamos assim _ operacional.”

P. Ontem o papa exortou os fiéis a serem sinais de esperança num mundo angustiado pela dor. Pensamos também no que está acontecendo nestes dias no Cáucaso: Maria, Rainha da Paz...  
 
Dom Paolo Pezzi:- “Sim, certamente. Penso justamente na dor, na fadiga e na necessidade que nestas horas atingem os nossos povos. Impressiona-me como também nessas horas, sem uma particular publicidade nos jornais, houve quem soube ir ao encontro dessa necessidade, dessa dor e dessa fadiga do homem. Creio que esses sinais de testemunho, junto à oração pela paz para aqueles lugares, são sinal de uma possível reconstrução que no caminho da vida é aquilo que nos cabe: recomeçar sempre!” (RL)







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