2008-08-15 11:22:00

"O céu é Deus". É Ele a felicidade para a qual tendemos. Este o mistério celebrado na Assunção de Maria - recordou o Papa na Missa celebrada neste 15 de Agosto


“Perante o triste espectáculo de tantas falsas alegrias e ao mesmo tempo de tantas angústias e sofrimentos”, Bento XVI convida os crentes a aprenderem com Maria a “ser sinais de esperança e de consolação”, anunciando com a vida a ressurreição de Cristo.
Na Missa celebrada neste dia 15 de manhã, na igreja paroquial de Castelgandolfo, o Papa observou que a solenidade da Assunção de Maria é uma ocasião para com ela “ascender às alturas do espírito, onde se respira o ar puro da vida sobrenatural e se contempla a beleza mais autêntica, que é a santidade”.
Sublinhando que “o clima” desta celebração se encontra todo “impregnado de alegria pascal”, afirmou Bento XVI: “A festa de hoje leva-nos a elevar o olhar para o céu. Não um céu feito de ideias abstractas, nem sequer um céu imaginário criado pela arte, mas o céu da verdadeira realidade, que é o próprio Deus: Deus é o céu. É Ele a nossa meta, a meta e a morada eterna de onde provimos e para a qual tendemos”.

Quando Maria adormeceu para este mundo para despertar no céu (observou o Papa), na verdade “seguiu simplesmente, pela última vez, o Filho Jesus na viagem mais longa e decisiva – a sua passagem deste mundo ao Pai”.
“Como Ele, juntamente com Ele, partiu deste mundo para tornar à casa do Pai. Nada disto está longe de nós, como poderia parecer num primeiro momento, porque todos nós somos filhos de Deus Pai, todos nós somos irmãos de Jesus e todos nós somos filhos de Maria, nossa Mãe. E todos estamos voltados para a felicidade. E a felicidade a que tendemos é Deus, e assim todos nós nos encontramos a caminho desta felicidade que chamamos céu, que é Deus”.
Na homilia da Missa desta solenidade da Assunção, na igreja paroquial de Castelgandolfo, Bento XVI fez votos de “que Maria nos ajude a fazer com que cada momento da nossa existência seja um passo neste caminho para Deus”, de tal modo “que se torne presente também a realidade do céu, a grandeza de Deus, na vida do nosso mundo”. É este “o dinamismo pascal do homem, de cada homem, que se quer tornar celeste, felicíssimo, por força da Ressurreição de Cristo”.
“Aquela da qual Deus tinha tomado a sua carne e cuja alma tinha sida trespassada por uma espada no Calvário foi a primeira a encontrar-se associada, e de modo singular, no mistério desta transformação para a qual todos nós tendemos, também nós muitas vezes trespassados pelas espadas dos sofrimentos deste mundo”.
Estas “realidades tão sublimes” – reconheceu o Papa – não são de certo os raciocínios que as fazem compreender, mas sim “a fé simples, franca, directa” e “o silêncio da oração”…
“Contemplando no céu nossa Senhora da Assunção compreendemos melhor que a nossa vida de cada dia, embora marcada por provas e dificuldades, desliza como um rio em direcção ao oceano divino, em direcção à plenitude da alegria e da paz. Compreendamos que o nosso morrer não é um fim, mas o ingresso na vida que não conhece a morte. O nosso entardecer no horizonte deste mundo é um ressurgir na aurora do mundo novo, do dia eterno”.
A concluir a sua homilia, nesta Missa da Assunção, Bento XVI dirigiu-se em oração a Maria, pedindo-lhe que nos mantenha constantemente orientados para a verdadeira pátria da bem-aventurança. “Perante o triste espectáculo de tantas falsas alegrias e ao mesmo tempo de tantas angústias e sofrimentos tão difusos no mundo, precisamos de aprender com Maria a tornarmo-nos sinais de esperança e de consolação. Temos que anunciar com a nossa vida a ressurreição de Cristo”.








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