Sydney, 13 ago (RV) - Ao menos 20 jovens que foram a Sidney, em julho, para
participar do Dia Mundial da Juventude, pediram asilo político à Austrália, e há previsões
de que esse número deve aumentar.
Segundo o Centro de Asilo de Nova Gales do
Sul, a maioria dos peregrinos provém do Paquistão e de países africanos como Zimbábue,
Burundi, Camarões e Quênia.
“A situação é preocupante. Vinte pessoas não parece
muito, mas para nós é um número difícil de gerir, muitos estão mal nutridos e com
depressão”, disse Tamra Domicelj, diretora do Centro, que oferece assistência aos
que pedem asilo político. “São pessoas que fogem de perseguições em seus países de
origem”, acrescentou.
De acordo com o coordenador da Anistia Internacional
para os refugiados, Graham Thom, o número de peregrinos que reivindicam o status de
refugiado é equivalente ao número de vistos que estão para expirar.
Por sua
vez, um membro da organização do DMJ confirmou que a entrada e a saída de pessoas
da Austrália é de competência do departamento de imigração, e os alojamentos colocados
à disposição para o evento não estão mais disponíveis. Mesmo assim, ele assegurou
que a Igreja vai cooperar para resolver a situação.
O arcebispo de Sidney,
cardeal George Pell, mostrou-se compadecido com a situação dos peregrinos, mas destacou
que todos devem seguir as leis australianas.
O departamento de imigração confirmou
que a maior parte dos cem mil peregrinos estrangeiros entrou com vistos de três meses
concedidos especialmente para o evento, e que todos devem satisfazer os critérios
como qualquer outro visitante que pede para entrar na Austrália. (CM)