2008-08-12 20:48:31

CRIMES DA GUERRA CIVIL CONTINUAM IMPUNES


Cidade da Guatemala, 12 ago (RV) - As vítimas da guerra civil que dilacerou a Guatemala durante 36 anos, de 1960 a 1996, são ao menos 200 mil. O balanço ainda provisório - já que as escavações nos cemitérios clandestinos continuam dando ulteriores provas de massacres - conta 55 mil violações dos direitos humanos e 422 massacres de civis.
A maior parte desses crimes permanece impune, denuncia o Departamento para os Direitos Humanos do Arcebispado de Guatemala ,em Cidade da Guatemala, cuja intensa atividade em defesa da justiça levou, em 1998, ao assassinato de seu diretor, o bispo auxiliar da capital, Dom Juan José Geradi Conedera.

Quem hoje dirige o referido departamento é Nery Rodenas que, participando de uma coletiva de imprensa intitulada “Guatemala nunca mais: recuperação da memória histórica sobre a guerra civil”, evidenciou as graves omissões institucionais.

“Na Guatemala, os acordos de paz, aos quais o Parlamento deu valor legal, continham intenções muito boas em nível político, mas não transformaram o país como se esperava. Noventa e nove por cento dos crimes permanecem impunes: falamos em particular do assassinato de dirigentes estudantis e de camponeses, pelos quais ninguém foi levado diante da justiça”, frisou Rodenas.

“Continuam igualmente impunes, os militares responsáveis por 80% dos crimes cometidos _ acrescentou ele _, enquanto as iniciativas voltadas a ressarcir as vítimas e a formar comissões de busca dos ‘desaparecidos’ permanecem sendo iniciativas administradas pela sociedade civil.” (RL)







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