Roma, 09 ago (RV) - “Ilustre filha de Israel e, ao mesmo tempo, filha do Carmelo”:
assim João Paulo II definiu Santa Edith Stein (Teresa Bendita da Cruz), de quem hoje
a Igreja celebra a memória litúrgica. Padroeira da Europa junto a Santa Brígida e
Santa Catarina de Sena, Edith Stein era judia de nascimento, mas após um longo caminho
de busca escolheu converter-se ao cristianismo. Dizia: “Quem busca a verdade busca
Deus, que o saiba ou não”.
“Irmã Teresa Benedita da Cruz diz a todos nós:
Não aceitem nada como verdade que seja desprovido de amor. E não aceitem nada como
amor que seja desprovido de verdade! Um sem o outro se torna uma mentira destrutiva”
_ João Paulo II citando Santa Edith Stein.
Era 11 de outubro de 1998 quando
João Paulo II proclamava Santa Teresa Bendita da Cruz, no século Edith Stein. Eram
passados 56 anos de sua morte, ocorrida no dia 9 de agosto de 1942 numa câmera de
gás de Auschwitz. Irmã Teresa chegara ao campo de concentração dois dias antes, vítima
da perseguição nazista.
Nascida na cidade de Breslau, na Alemanha, em 1891,
última de 11 filhos, Edith era proveniente de uma família de religião judaica. Apaixonada
pela filosofia, havia sido assistente de Edmund Husserl e se havia doutorado com ele.
No
verão de 1921 deu-se a reviravolta: Edith leu a autobiografia de Santa Teresa de Ávila
e decidiu converter-se ao cristianismo. No dia 1º de janeiro de 1922 recebeu o Batismo
e 11 anos mais tarde entrou no Mosteiro das Carmelitas de Colônia.
Em 1934
deu-se a cerimônia de recebimento do hábito religioso: daquele momento, Edith Stein
tomou como nome Irmã Teresa Benedita da Cruz, aquela Cruz que ela definia como “única
esperança”. (RL)