IGREJA CELEBRA SÃO DOMINGOS , FUNDADOR DOS PREGADORES
Roma, 08 ago (RV) - São Domingos nasceu em 1170 numa vila montanhosa da Castela
Velha, atual Espanha. Desde cedo manifestava inclinação para o estudo e a contemplação.
Mas a sua fé não era intimista. Durante os anos de preparação para a teologia entrou
em contato com as misérias causadas pelas contínuas guerras e pela penúria: muita
gente morre de fome e ninguém faz nada! Então vendeu as decorações de seu quarto e
os preciosos pergaminhos para criar um fundo para os pobres.
A quem expressava
admiração por esse gesto, respondia: “Como posso estudar sobre peles mortas, enquanto
tantos meus irmãos morrem de fome?” Impressionado com a ignorância dos fiéis cristãos
que se deixavam convencer pela heresia albigensianista que em seu rigorismo escondia
a misericórdia infinita de Deus, decidiu fundar uma Ordem toda ela dedicada ao anúncio
da Palavra de Deus: os Frades Pregadores.
O seu lema é “Pregar e caminhar”.
Profundamente devoto da Mãe de Deus, para ajudar as pessoas simples a viver a reta
doutrina ensinou a meditar sobre os mistérios da Encarnação recitando a Ave-Maria:
foi o primeiro germe do Terço.
Falava pouco e, se abria a boca, era ou para
falar com Deus na oração ou para falar de Deus. Essa era a norma que seguia e também
a recomendava aos irmãos. A graça que mais insistentemente pedia a Deus era a de uma
caridade ardente, que o impelisse a trabalhar eficazmente para a salvação dos homens.
De
fato, considerava poder chegar a ser membro perfeito do corpo de Cristo somente quando
se dedicasse totalmente e com todas as forças a conquistar almas.
São Domingos
Gusmão autodefinia-se como “humilde ministro da pregação”: duas ou três vezes foi
eleito bispo; mas sempre rejeitou, querendo viver com os seus irmãos na pobreza. Enfraquecido
com o árduo trabalho apostólico e debilitado pelas grandes penitências, no dia 6 de
agosto de 1221 morreu circundado por seus confrades, em seu muito amado convento de
Bolonha, centro-norte da Itália, numa cela não sua, porque ele, o Fundador, não tinha
cela.
Deixou aos frades o seguinte testamento espiritual: “Tenham caridade,
conservem a humildade, acumulem os tesouros da santa pobreza”. Foi canonizado no dia
13 de julho de 1234 pelo papa Gregório IX. A Ordem dos Dominicanos conta hoje mais
de 600 casas e tem mais de seis mil membros. (RL)