Encontro entre Bento XVI e os padres e diáconos em Bressanone, num diálogo intimo
e franco
(7/8/2008) Uma oportunidade de encontro franco e íntimo aconteceu esta quarta feira
entre Bento XVI e os sacerdotes e diáconos da diocese de Bolzano-Bressanone. Um
momento importante para os sacerdotes da diocese, mas também para Bento XVI que
manifestou com liberdade, o seu pensamento e a sua espiritualidade”, referiu à Rádio
Vaticano o Director da Sala de Imprensa da Santa Sé o P. Frederico Lombardi. Num
ambiente de à vontade e de franca partilha, Bento XVI deu um testemunho, “muito habitual
nele, de grande clareza e de grande humildade”. O Papa afirmou que as suas respostas
“não são infalíveis”, e por isso as questões colocadas pelos sacerdotes “devem ser
vistas em conjunto com toda a Igreja e com os bispos”. Bento XVI acrescentou que “as
respostas nascem da comunidade da Igreja e não apenas de mim”. “Diversas questões,
sobre diferentes temas” desenrolaram-se ao longo de uma hora. Questões acerca do
ministério sacerdotal, sobre alguns problemas da actualidade, sobre o ambiente, mas
também sobre a arte na Igreja e o testemunho cristão. As dificuldades que o decréscimo
do número de sacerdotes implica no trabalho, também foi abordado. O fio condutor
nas respostas foi “o testemunho de fé assente na união a Cristo”, afirma o P. Frederico
Lombardi. “Uma vida de fé, radicada na oração, na escuta e na inspiração”. O Papa
recordou alguns temas abordados na Jornada Mundial da Juventude, em Sydney, ao recordar
dificuldades dos jovens nos dias de hoje. Bento XVI, abordando os problemas da
pastoral, disse mesmo que “há uns tempos era mais severo, com o exemplo de Cristo,
tornou-me mais acolhedor”. O Papa manteve um tom “muito espiritual e verdadeiramente
profundo em todas as respostas”, explicou o P. Frederico Lombardi, acrescentando ser
“uma forma característica de falar do Papa, que é uma pessoa extremamente profunda
e iluminada, mas também de uma grande espiritualidade”.