2008-08-01 12:45:26

A Secção "Mobilidade Humana" do CELAM (Conferência Episcopal Latino-americana) preocupada com o tráfico de pessoas


(1/8/2008) De 5 a 8 deste mês de Agosto terá lugar na cidade de Panamá um Encontro Latino-americano sobre o tráfico de pessoas, visando a formação de agentes de pastoral que possam actuar em três dimensões: prevenção, incidência e atenção às vítimas.
Actualmente, pessoas provenientes da América Latinas, Caraíbas, África, Ásia e Europa oriental são deslocadas de um lado para o outro, sujeitas a enganos ou ameaças, obrigadas a trabalhar em condições indesejáveis, com escassa remuneração, abusadas e em muitos casos reduzidas à prostituição forçada. Calcula-se que hoje em dia haja em todo o mundo de seiscentas e oitocentas mil vítimas desta forma moderna de escravatura. Em 80 % dos casos trata-se de mulheres, metade das quais de menoridade – segundo um Relatório do Departamento de Estado norte-americano.
Depois do tráfico de drogas e armas, o tráfico de pessoas tornou-se a actividade económica mais lucrativa do mundo. Uma das mais graves formas de violação dos direitos humanos numa sociedade cobarde, em que todos correm o risco de cumplicidade, de um modo ou de outro.
A América Latina é uma das regiões do mundo onde mais intenso é o comércio de pessoas, fenómeno favorecido pela mentalidade do emigrante latino-americano, tentado a crer que nos outros países se vive melhor e se pode enriquecer facilmente.
No caso da Colômbia, por exemplo, para além dos quase quatro milhões de pessoas que vivem no estrangeiro, calcula-se que em média deixam o país em cada dia que passa mais seis pessoas potenciais vítimas do tráfico e da escravatura do nosso tempo. Nos últimos tempos registaram-se casos de colombianos explorados em países vizinhos, como Equador e Panamá.







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