2008-07-29 17:39:56

RELIGIOSAS PUBLICAM ATOS FINAIS DE SEMINÁRIO SOBRE TRÁFICO DE PESSOAS NO MUNDO


Cidade do Vaticano, 29 jul (RV) - Acabam de ser publicados os Atos do Seminário “Construindo a rede: o papel profético das religiosas no combate ao tráfico de seres humanos” (Building a network: the Prophetic Role of Women Religious in the Fight Against Trafficking in Persons). O encontro foi promovido pela Embaixada dos Estados Unidos junto à Santa Sé e pela União Italiana das Superioras Maiores (USMI), e se realizou em Roma de 15 a 20 de outubro de 2007.

O evento, realizado no 200º aniversário da abolição da escravidão, contou com a participação de 300 religiosas, pertencentes a 25 congregações que atuam há tempos na luta ao tráfico de seres humanos, em 26 países. Algumas delas vieram do Brasil, aonde já são protagonistas no combate ao fenômeno.

A rede de religiosas, que já é extensa nos países de origem de mulheres traficadas, como também nos países de destino, visa agora criar parcerias com as Igrejas locais, com organizações de caridade e instituições locais.

O objetivo é estabelecer o intercâmbio de informações para controlar e entender o fenômeno e formular novas estratégias de intervenção; promover campanhas de sensibilização para prevenir o êxodo das jovens mulheres de suas famílias, escolas e paróquias rumo à falsa “terra prometida”; localizar e proteger as famílias das vítimas contra a extorsão e represálias dos exploradores; assistir a reintegração social das jovens que optam voluntariamente por retornar às suas casas; oferecer assistência as vítimas que foram re-enviadas a seus países europeus, considerando que de 10 a 15% delas já estava contagiada com o vírus HIV.

Ontem, foi divulgada a notícia de que o Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão resgatou 22 trabalhadores em condições similares à escravidão. A ação ocorreu no município de Santa Luzia do Tide, interior do estado, onde os trabalhadores atuavam na colheita de milho. As condições de trabalho eram péssimas e degradantes.

Os trabalhadores, sendo um deles menor de idade (15 anos), estavam alojados em locais que não ofereciam as mínimas condições de segurança e saúde, sem instalações sanitárias adequadas, sem água potável e com comida de péssima qualidade.

Além da jornada excessiva de trabalho a qual eram submetidos, os trabalhadores não tinham algum direito trabalhista garantido. Os alojamentos foram interditados e todos foram retirados da fazenda e incluídos no programa de seguro-desemprego para o trabalhador resgatado. (CM)







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