FUNDAÇÃO DO VATICANO CONCEDE DOAÇÕES PARA 39 PROJETOS NO BRASIL
Guadalajara, 29 jul (RV) - O Brasil ocupa um lugar de destaque na iniciativa
do Vaticano para ajudar as populações indígenas e os camponeses da América Latina.
Na reunião realizada de 9 a 11 de julho na cidade mexicana de Guadalajara, o Conselho
de Administração da Fundação Populorum Progressio deu sinal verde a 200 dos 230 projetos
apresentados por comunidades eclesiais e grupos pastorais de dioceses latino-americanas.
A Fundação foi fundada pelo papa João Paulo II em 1992.
Este ano, foram distribuídos
1,3 milhão de euros. Grande parte deste dinheiro provém da Igreja Católica italiana
e da Conferência Episcopal Italiana (CEI) – informa o comunicado divulgado ontem pelo
Pontifício Conselho “Cor Unum”.
O Brasil, com 39 projetos, foi o país que propôs
mais iniciativas, seguido pela Colômbia (35), Peru (27) e Equador (18). Os projetos
da Fundação se destinam ao desenvolvimento integral das populações, e um terço do
dinheiro será usado para financiar infra-estruturas básicas, como o abastecimento
de água e a rede de esgoto. O restante será destinado ao apoio de pequenas empresas
e à produção agrícola e à construção de escolas e casas.
De acordo com a nota
divulgada pelo Vaticano, o rápido processo de urbanização do continente e a imposição
da cultura pós-moderna exilaram esses povos do contexto social e do desenvolvimento
ao qual outros povos puderam ter acesso.
Desde seu surgimento, a Fundação Populorum
Progressio já investiu mais de US$ 24 milhões em cerca de 2.200 projetos beneficentes.
Os projetos têm como alvo a produção agropecuária (29,9%), infra-estruturas
comunitárias (33,20%), construção de escolas, alojamentos ou tendas (19,46%), educação
e comunicação (12,30%) e saúde (5,14%).
Na reunião do Conselho de Administração,
em Guadalajara, foi acordada também a reeleição para um período de três anos do presidente
da entidade, o cardeal Juan Sandoval Íñiguez, arcebispo de Guadalajara, e do vice-presidente,
dom Edmundo Luis Abastoflor Montero, titular da arquidiocese boliviana de La Paz.
O Conselho de Administração da Fundação é formado por sete membros (seis Bispos
de diversos países latino-americanos e um representante do Pontifício Conselho Cor
Unum). (CM)