DOM MARCHETTO: NOVAS NORMAS SOBRE IMIGRAÇÃO NA ITÁLIA RESPEITEM DIREITOS HUMANOS DE
TODOS TRABALHADORES MIGRANTES
Cidade do Vaticano, 26 jul (RV) - Na Itália, 79 imigrantes foram socorridos
pela polícia no sul de Lampedusa. Durante a noite passada 73 pessoas já haviam chegado
à localidade do sul da Itália. As notícias destes fluxos migratórios chegam um dia
após a decisão do Conselho de ministros do governo de estender a emergência clandestinos
a todo o território nacional. A medida, segundo o executivo italiano, serve para reforçar
as atividades que buscam contrastar o fenômeno. Sobre o fenômeno da imigração na Itália
pronunciou-se novamente o secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes
e os Itinerantes, o Arcebispo Agostino Marchetto.
Para julgar a iniciativa
do governo italiano que definiu como “emergência” a situação da imigração na Itália
_ ressalta Dom Marchettto _ devem ser considerados “os conteúdos das decisões”. É
preciso também verificar _ acrescenta o prelado _ a sua coerência no que diz respeito
ao “auspiciado equilíbrio entre acolhimento e segurança”.
O termo emergência
_ precisa o arcebispo _ não é em si negativo: pode também referir-se a “medidas que
considerem o afluxo dos países que implicam necessidade de proteção (Sudão, Somália,
Eritréia, por exemplo), em linha com a legislação internacional para os refugiados
e para aqueles que pedem exílio”.
Portanto, aquilo que se auspicia, na aplicação
das disposições _ afirma o prelado _, é “o respeito pelos direitos humanos de todos
os trabalhadores migrantes e dos membros de suas famílias, bem como pelas normas internacionais
acolhidas pela Itália no que concerne aos refugiados, aos que pedem exílio, aos apátridas,
também aos ciganos, assim como aos que são objeto-sujeito do tráfico de seres humanos”.
(RL)