2008-07-25 20:51:38

PAPA E PREMIER DO IRAQUE: CONDENAÇÃO COMUM AO TERRORISMO E CONVITE A BENTO XVI A VISITAR O PAÍS


Castel Gandolfo, 25 jul (RV) - Bento XVI recebeu em audiência esta manhã o premier iraquiano, Nuri al Maliki. O papa e o primeiro-ministro expressaram uma “condenação comum” ao terrorismo.

Depois foi reiterada a importância do diálogo inter-religioso como “caminho para a compreensão religiosa e para a convivência civil”. O premier, que ontem visitou a Cripta Vaticana para fazer sua homenagem pessoal a João Paulo II, convidou Bento XVI a visitar o Iraque.

O Santo Padre encontrou o primeiro-ministro iraquiano na residência apostólica de verão de Castel Gandolfo. Precedentemente, o premier foi recebido pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone.

Os colóquios _ informa uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé _ “se realizaram num clima de cordialidade” e permitiram examinar alguns aspectos fundamentais da complexa situação iraquiana. Foi dada atenção particular “ao tema dos numerosos refugiados iraquianos, dentro e fora do país, que precisam de assistência, também em vista de um auspiciado retorno”.

Foi também “renovada a condenação da violência que quase todos os dias continua atingindo as diversas partes do país, sem poupar as comunidades cristãs, que sentem fortemente a necessidade de uma maior segurança”.

Trata-se de um Estado _ o Estado iraquiano _ no qual a história da comunidade cristã tem sido marcada nos últimos anos por graves episódios de perseguição.

No dia 3 de junho de 2007, em Mossul, norte do país, foram assassinados o pároco da igreja do Espírito Santo, Pe. Ragheed Ganni, e três diáconos; em fevereiro deste ano foi seqüestrado o arcebispo caldeu de Mossul, Dom Paulos Faraj Rahho, vindo depois a falecer durante o cativeiro.

Sangue derramado, mas também atos de violência que muitas vezes não fazem notícia, como o assalto ao arcebispo de Mossul em dezembro de 2004, as bombas contra as igrejas nos anos sucessivos, o seqüestro em janeiro de 2005 do bispo sírio-católico de Mossul, Dom Georges Casmoussa, e os seqüestros relâmpago de muitos cristãos.

Ademais, centenas de milhares foram obrigados a deixar o país por causa de contínuas violências e da crise econômica.

Num cenário tão dramático não faltam, porém, sinais de esperança:

Durante os encontros, esta manhã, do premier iraquiano com o pontífice e o secretário de Estado Vaticano foi expresso, em particular, “o auspício de que o Iraque possa encontrar decididamente o caminho da paz e do desenvolvimento mediante o diálogo e a colaboração de todos os grupos étnicos e religiosos, que no respeito pelas várias identidades, providenciem juntos a reconstrução moral e civil do país”.

O premier Nuri al Maliki doou ao papa um palma de prata, símbolo de paz. O Santo Padre presenteou ao premier iraquiano uma caneta comemorativa dos 500 anos da Basílica de São Pedro. (RL)







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