LÍDERES RELIGIOSOS DO ORIENTE PEDEM EM SEUL MAIS DIÁLOGO E MENOS POBREZA
Seul, 23 jul (RV) - Falta de diálogo e de recíproca compreensão, arrogância
e pobreza: estas são as principais causas dos conflitos identificadas por cerca de
20 expoentes religiosos de várias confissões e de vários países. Eles se reuniram
em Seul (Coréia do Sul), de 17 a 19 de julho, para um seminário sobre o tema "Conflitos
e diálogo: construir a paz em áreas de discórdia e o papel dos religiosos".
Falando
da situação nas Filipinas, o responsável pela Rede para o Desenvolvimento Integrado
de Mindanao, Ustadz Exmael Ebrahim, referiu que as difíceis condições socioeconômicas
na área sul, a mais pobre do arquipélago, são o principal motivo dos problemas entre
as comunidades muçulmana e católica (maioria no país). O arcebispo de Davao, Dom Fernando
R. Capalla, acrescentou que para alcançar uma verdadeira paz se devem sanar as feridas
da comunidade local.
O expoente da Fundação pela Paz na Coréia do Sul, Ryoo
Jung-gil, destacou que em alguns casos a arrogância religiosa pode determinar o início
da violência: "A idéia de que a minha religião é aquela justa e que a outra é a errada
pode levar a conflitos", disse Ryoo.
Sobre a situação iraquiana falou Abdulnasir
Hussin Ameer, representante do Conselho Inter-religioso do Iraque. Segundo ele, a
principal causa dos conflitos é a falta de conhecimento profundo dos textos religiosos
e a escassa abertura ao outro.
Participaram do seminário líderes religiosos
de Bangladesh, China, Índia, Indonésia, Iraque, Japão, Paquistão, Filipinas e Coréia
do Sul. (BF)