2008-07-05 12:24:14

BISPOS DA GUATEMALA CRITICAM POLÍTICAS MIGRATÓRIAS DE EUA E UNIÃO EUROPÉIA


Cidade da Guatemala, 05 jul (RV) - A Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Episcopal da Guatemala divulgou um comunicado após as decisões tomadas recentemente pela União Européia e pelos Estados Unidos em relação aos imigrantes.

Os bispos manifestam em primeiro lugar "solidariedade, apoio moral e espiritual a todos os imigrantes que sofrem neste momento as perseguições, as detenções e as deportações nos Estados Unidos", bem como a "todos que estão a ponto de sofrer com leis e políticas xenófobas e ilegais que violam os direitos humanos fundamentais na União Européia".

Como Igreja, os prelados rejeitam também as detenções e as deportações em massa de guatemaltecos presentes nos Estados Unidos e no México, porque "esta postura de hostilidade e perseguição não resolve a problemática migratória; são ações contraproducentes e desumanas".

Para os bispos, diante de tal situação são necessárias "medidas governamentais para a reinserção dos trabalhadores deportados e um programa de acolhimento, atenção e integração social e de trabalho dos guatemaltecos deportados".

No caso da proposta em discussão na União Européia, os prelados consideram que tal iniciativa "é excessivamente restritiva e não oferece garantias suficientes para o respeito aos direitos humanos dos imigrantes". Se for aprovada, a proposta prevê procedimentos tais como a possibilidade de serem detidos por até 18 meses em centros de reclusão para estrangeiros.

O projeto estabelece ainda que uma vez descobertos na clandestinidade, será fixado um prazo entre 7 e 30 dias para que abandonem voluntariamente o país. Aos imigrantes expulsos, será proibido, por um período de até 5 anos, entrar legalmente no território da União Européia.

A propósito, os bispos da Guatemala lançam um apelo "às nações que formam a União Européia, aos Estados Unidos e ao México, para que ajam de maneira solidária sem danos aos imigrantes que, motivados por razões extremas (pobreza, desemprego, insegurança, desastres naturais, guerra), saíram de seus próprios países para sobreviver e salvaguardar a sua integridade física". (BF)







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