Roma, 1º jul (RV) - A Caritas Internacional e a entidade católica Cooperação
Internacional para o Desenvolvimento e a Solidariedade (CIDSE) escreveram um carta
em vista do encontro do G8, que se realizará de 7 a 9 próximos no Japão.
Na
carta, as duas associações recordam que são testemunhas seja dos progressos, seja
dos retrocessos no desenvolvimento em muitos países do mundo. Por isso, recordam aos
líderes do G8 as promessas que fizeram nas cúpulas precedentes, como oferecer recursos,
aprovar e implementar políticas que são necessárias e essenciais para reduzir pela
metade a pobreza mundial.
A propósito, as duas entidades católicas afirmam
que a adoção dos Objetivos do Milênio, em 2000, representou um marco no desenvolvimento
internacional. Pela primeira vez, a comunidade internacional acordou alguns objetivos
para poder trabalhar coletivamente na cooperação. Todavia, a Caritas e CIDSE recordam
que os Objetivos por si só não representam uma resposta adequada às imensas e complexas
dimensões da pobreza.
"Lamentamos ter que escrever novamente, em 2008, para
recordar aos governos doadores que suas promessas não foram cumpridas. Existe o perigo
real de que os Objetivos do Milênio sejam recordados como um documento de palavras
vazias. Isso alimentará o cinismo com o qual muitas pessoas dos países em desenvolvimento
escutam manifestações de preocupação dos países mais ricos em relação às necessidades
dos mais pobres", advertem.
A Caritas e CIDSE chamam a atenção para cinco aspectos
que merecem ser mais bem analisados pelos países do G8: a qualidade da ajuda a ser
distribuída, o cancelamento da dívida e empréstimos responsáveis, a crise alimentar,
a guerra ao terror e a mudança climática.
Por fim, Caritas Internacional e
Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e a Solidariedade desejam "o melhor"
aos líderes do G8: "Rezamos por eles e pelo sucesso de suas reuniões. Nós e os pobres
do mundo esperamos deles somente sabedoria, solidariedade e previsão quando tratam
de problemas que ameaçam nosso mundo, como a pobreza, a perigosa mudança climática
e a insegurança". (BF)