2008-06-28 19:19:23

No mais profundo do coração aquilo que motivava o Apostolo Paulo era o facto de ser amado por Jesus Cristo e o desejo de transmitir a outros este amor. Bento XVI na abertura do Ano Paulino com a oração ao Senhor, que nos dê testemunhas da ressurreição tocadas pelo seu amor e capazes de levar a luz do Evangelho ao nosso tempo
 


(28/6/2008) Por ocasião da abertura do ano Paulino Bento XVI deslocou-se na tarde desta sábado á Basílica de S. Paulo fora de muros onde presidiu a celebração das primeiras Vésperas da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo com a participação do Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e as delegações das outras confissões cristãs.
Na homilia o Papa salientou antes de mais que Paulo não é para nós uma figura do passado, que recordamos com veneração. Ele é também o nosso mestre, apostolo e pregoeiro de Jesus Cristo também para nós…”quis proclamar este especial “ano paulino” – disse depois Bento XVI - para o escutar, para aprender agora dele, como nosso mestre, “a fé e a verdade” em que estão enraizadas as razões da unidade entre os discípulos de Cristo. É para mim motivo de intima alegria – salientou o Papa – que a abertura do ano Paulino, assuma um particular carácter ecuménico pela presença de numerosos delegados e representantes de outras Igrejas e Comunidades eclesiais, que acolho com coração aberto.
Na sua homilia Bento XVI comentou depois uma passagem da Carta de São Paulo aos Gálatas onde o Apóstolo nos apresenta uma profissão de fé muito pessoal, onde abre o seu coração diante dos leitores de todos os tempos e revela qual é a mola mais intima da sua vida:”vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a Si mesmo por mim” (Gal 2,20). Tudo aquilo que Paulo faz, parte deste centro. A sua fé é a experiência de ser amado por Jesus Cristo de uma maneira muito pessoal; é a consciência do facto que Cristo enfrentou a morte não por algo anónimo, mas por amor dele – de Paulo – e que, como Ressuscitado, o ama ainda, isto é, que Cristo se entregou por ele. A sua fé é o ser atingido pelo amor de Jesus Cristo, um amor que o abala até ás entranhas e o transforma. A sua fé não é uma teoria, uma opinião sobre Deus e sobre o mundo. A sua fé é o impacto do amor de Deus sobre o seu coração. E assim, esta mesma fé é amor por Jesus Cristo.
Na sua homilia Bento XVI especificou depois que no mais profundo do coração aquilo que motivava o Apostolo Paulo era o facto de ser amado por Jesus Cristo e o desejo de transmitir a outros este amor. Paulo era uma pessoa capaz de amor, e todo o seu operar e sofrer se explica apenas a partir deste centro….A experiência de ser amado até ao fundo por Cristo abrira-lhe os olhos sobre a verdade e sobre a existência humana - aquela experiência abraçava tudo.
Paulo era livre, como homem amado por Deus que, em virtude de Deus, era capaz de amor juntamente com Ele. Este amor é agora a lei da sua vida e precisamente assim é a liberdade da sua vida. Ele fala e actua movido pela responsabilidade do amor.
A concluir a sua homilia o Santo Padre agradeceu ao Senhor por ter chamado Paulo, tornando-o luz das gentes e mestre de todos, e pediu que também hoje nos dê testemunhas da ressurreição tocadas pelo seu amor e capazes de levar a luz do Evangelho ao nosso tempo.
Por sua vez o Patriarca Ecuménico Bartolomeu intervindo depois da homilia do Papa salientou que a Basílica de São Paulo fora de muros é sem duvida um lugar quanto mais apropriado para comemorar e celebrar um homem que estabeleceu um conúbio entre a língua grega e a mentalidade romana do seu tempo, despojando a cristandade, de uma vez para sempre de qualquer estreiteza mental, e forjando para sempre o fundamento católico da Igreja ecuménica.. O Patriarca Bartolomeu fez votos no sentido de que a vida e as Cartas de São Paulo continuem a ser para nós fonte de inspiração, para que todas as gentes obedeçam á fé em Cristo.









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