TRÍDUO EM PREPARAÇÃO À ABERTURA DO ANO PAULINO, NA BASÍLICA DE SÃO PAULO FORA DOS
MUROS
Cidade do Vaticano, 27 jun (RV) - Começou na tarde desta quinta-feira, com
as “Vésperas Ecumênicas”, na Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros, o Tríduo
de oração que se concluirá sábado próximo com a abertura solene do Ano Paulino por
Bento XVI.
As “Vésperas Ecumênicas”, presididas pelo Abade beneditino, Frei
Edmund Power, reuniram diante do sepulcro do Apóstolo Paulo autoridades eclesiásticas
e fiéis católicos, ortodoxos e protestantes.
O Presidente do Pontifício Conselho
para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Walter Kasper, dirigiu aos presentes
uma calorosa saudação, afirmando, entre outras coisas, que o “Ano Paulino é um convite
e um desafio a ler e a meditar de novo as Cartas do Apóstolo, a aprofundar o nosso
conhecimento e o nosso amor a Cristo, a nos tornarmos, como Paulo, corajosas testemunhas
de Cristo, uma chama que dá luz e orientação ao mundo e um laço de unidade entre os
cristãos divididos, a fim de que sejam sinal e instrumento de paz no mundo e se tornem
uma só coisa para que o mundo creia”.
O cardeal Kasper destacou que domingo
passado teve a alegria de inaugurar o Ano Paulino em Tarso, cidade em que São Paulo
nasceu 2 mil anos atrás, e acrescentou: “Paulo era de casa no mundo judaico e no mundo
grego, passou do Oriente ao Ocidente, de Jerusalém a Roma como testemunha de Cristo
e é testemunha da universalidade de Cristo que transcende as culturas e é até hoje
um ponto de ligação que une todas as Igrejas e todos os cristãos. Ele é o apóstolo
da unidade de todos os batizados”, destacou o presidente do Pontifício Conselho para
a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Esta reflexão do Cardeal Walter Kasper
foi compartilhada, na homilia das Vésperas, pelo metropolita Gennadios, arcebispo
ortodoxo da Itália e de Malta, Exarca para o sul da Europa do Patriarcado Ecumênico.
Ele exaltou São Paulo como “pregador da verdade, anjo do amor, defensor da unidade
dos cristãos e fundador no monaquismo”, que nos deixou o espírito de amor, de liberdade
e de ecumenicidade para que Cristo se forme em nós.
As Vésperas foram animadas
pelos Monges beneditinos da Abadia, pelas comunidades greco-ortodoxa, metodista, valdense,
episcopaliana e pela comunidade católica de Santo Egídio. Depois da oração do Pai-Nosso,
o Abade e os representantes das outras comunidades cristãs, entre eles o bispo ortodoxo
búlgaro, Tichon, se dirigiram em procissão até o Túmulo de São Paulo, chamado de Confissão
Paulina: cada um leu o “Hino à Caridade”, o célebre trecho paulino da primeira Carta
aos Coríntios. (PL)