2008-06-27 18:36:01

CRISTO É MESTRE, PASTOR E REDENTOR TAMBÉM PARA A CHINA: PAPA AOS BISPOS DE HONG KONG E MACAU


Cidade do Vaticano, 27 jun (RV) - Bento XVI recebeu hoje em audiência os bispos de Hong Kong e de Macau, em visita ad Limina, fazendo votos de que chegue depressa o dia em que também os seus Irmãos no Episcopado da China Continental possam vir a Roma em peregrinação aos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, em sinal de comunhão com o Sucessor de Pedro e com a Igreja católica.

“Na Igreja, destacou Bento XVI, toda a atividade tem uma dimensão evangelizadora que é essencial, pelo que não deve jamais ser dissociada do compromisso de ajudar a todos a encontrarem Cristo na fé, que é o objetivo primário da evangelização: «A questão social e o Evangelho são entre si inseparáveis. Onde dermos aos homens só conhecimentos, habilidade, capacidades técnicas e instrumentos, ali levaremos muito pouco», disse o papa, evocando a homilia que fez na missa em Munique em setembro de 2006.

O papa destacou que “hoje, a missão da Igreja se realiza no horizonte da globalização. Como ainda recentemente observei, as forças da globalização vêem a humanidade suspensa entre dois pólos: por um lado, há a mole crescente de vínculos sociais e culturais que geralmente promovem um sentido de solidariedade global e de compartilhada responsabilidade pelo bem da humanidade; mas, por outro, surgem sinais inquietantes de uma fragmentação e de um certo individualismo onde predomina o secularismo, que marginaliza o transcendente e o sentido do sagrado e eclipsa a própria fonte de harmonia e unidade no universo. De fato, os aspectos negativos deste fenômeno cultural põem em evidência a importância duma formação sólida e incitam a um esforço concertado para sustentar a alma espiritual e moral do vosso povo”.

Neste sentido, o papa chamou a atenção para a necessidade de uma adequada formação permanente do clero, especialmente do clero jovem que se vê cada vez mais sujeito a novos desafios pastorais, relacionados com as exigências da tarefa de evangelizar uma sociedade tão complexa como é a atual.

O papa chamou também a atenção para a importância das escolas católicas, que “dão uma contribuição notável para a formação intelectual, espiritual e moral das novas gerações, dirigindo uma palavra a todos os que prestam o seu serviço generoso nas escolas católicas das duas dioceses”.

O Santo Padre exortou, ainda, os bispos de Hong Kong e de Macau, “a animarem os fiéis a acolherem tudo aquilo que o Espírito gera! Já mais de uma vez – ressaltou - pude recordar que os movimentos eclesiais e as novas comunidades são o sinal luminoso da beleza de Cristo e da Igreja”.

A última exortação foi a um “empenho cada vez maior na busca dos meios mais apropriados para tornar a mensagem cristã de amor mais compreensível no mundo onde viveis: deste modo contribuireis efetivamente para demonstrar a todos os vossos irmãos e irmãs a perene juventude e a inexaurível capacidade renovadora do Evangelho de Cristo, testemunhando que se pode ser autênticos chineses e autênticos católicos... Também para a China, Cristo é um Mestre, um Pastor, um Redentor amoroso: a Igreja não pode calar esta boa notícia”, concluiu Bento XVI.(PL)







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