CRISTO É MESTRE, PASTOR E REDENTOR TAMBÉM PARA A CHINA: PAPA AOS BISPOS DE HONG KONG
E MACAU
Cidade do Vaticano, 27 jun (RV) - Bento XVI recebeu hoje em audiência os bispos
de Hong Kong e de Macau, em visita ad Limina, fazendo votos de que chegue depressa
o dia em que também os seus Irmãos no Episcopado da China Continental possam vir a
Roma em peregrinação aos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, em sinal de comunhão
com o Sucessor de Pedro e com a Igreja católica.
“Na Igreja, destacou Bento
XVI, toda a atividade tem uma dimensão evangelizadora que é essencial, pelo que não
deve jamais ser dissociada do compromisso de ajudar a todos a encontrarem Cristo na
fé, que é o objetivo primário da evangelização: «A questão social e o Evangelho são
entre si inseparáveis. Onde dermos aos homens só conhecimentos, habilidade, capacidades
técnicas e instrumentos, ali levaremos muito pouco», disse o papa, evocando a homilia
que fez na missa em Munique em setembro de 2006.
O papa destacou que “hoje,
a missão da Igreja se realiza no horizonte da globalização. Como ainda recentemente
observei, as forças da globalização vêem a humanidade suspensa entre dois pólos: por
um lado, há a mole crescente de vínculos sociais e culturais que geralmente promovem
um sentido de solidariedade global e de compartilhada responsabilidade pelo bem da
humanidade; mas, por outro, surgem sinais inquietantes de uma fragmentação e de um
certo individualismo onde predomina o secularismo, que marginaliza o transcendente
e o sentido do sagrado e eclipsa a própria fonte de harmonia e unidade no universo.
De fato, os aspectos negativos deste fenômeno cultural põem em evidência a importância
duma formação sólida e incitam a um esforço concertado para sustentar a alma espiritual
e moral do vosso povo”.
Neste sentido, o papa chamou a atenção para a necessidade
de uma adequada formação permanente do clero, especialmente do clero jovem que se
vê cada vez mais sujeito a novos desafios pastorais, relacionados com as exigências
da tarefa de evangelizar uma sociedade tão complexa como é a atual.
O papa
chamou também a atenção para a importância das escolas católicas, que “dão uma contribuição
notável para a formação intelectual, espiritual e moral das novas gerações, dirigindo
uma palavra a todos os que prestam o seu serviço generoso nas escolas católicas das
duas dioceses”.
O Santo Padre exortou, ainda, os bispos de Hong Kong e de Macau,
“a animarem os fiéis a acolherem tudo aquilo que o Espírito gera! Já mais de uma vez
– ressaltou - pude recordar que os movimentos eclesiais e as novas comunidades são
o sinal luminoso da beleza de Cristo e da Igreja”.
A última exortação foi a
um “empenho cada vez maior na busca dos meios mais apropriados para tornar a mensagem
cristã de amor mais compreensível no mundo onde viveis: deste modo contribuireis efetivamente
para demonstrar a todos os vossos irmãos e irmãs a perene juventude e a inexaurível
capacidade renovadora do Evangelho de Cristo, testemunhando que se pode ser autênticos
chineses e autênticos católicos... Também para a China, Cristo é um Mestre, um Pastor,
um Redentor amoroso: a Igreja não pode calar esta boa notícia”, concluiu Bento XVI.(PL)