2008-06-26 18:49:06

"TODOS DEVEM SER ARTESÃOS E TESTEMUNHAS DA PAZ": EXORTAÇÃO DO PAPA AO RECEBER O NOVO EMBAIXADOR DO GABÃO JUNTO À SANTA SÉ


Cidade do Vaticano, 26 jun (RV) - Bento XVI recebeu hoje em audiência o novo embaixador do Gabão junto à Santa Sé, Firmin Mboutsou, que lhe apresentou as cartas credenciais.

Falando da necessidade de fazer todo o possível para proteger da melhor maneira o planeta de modo a deixar às futuras gerações uma terra verdadeiramente hospitaleira, capaz de nutrir todos os seus habitantes, o papa fez votos de que os habitantes de um país sejam os primeiros beneficiários dos produtos das riquezas naturais da nação.

Bento XVI convidou todas as autoridades e os homens de boa vontade do Gabão, e do continente africano, a trabalharem cada vez mais por um mundo pacífico, farterno e solidário. O papa chama todos a “uma coragem sempre mais profética”, lembrando que “a paz e a justiça caminham juntas e devem encarnar-se no respeito à legalidade em todos os campos. “Com efeito - explica o papa – sem justiça, sem luta contra toda forma de corrupção, sem o respeito às regras do direito, é impossível construir uma paz verdadeira e é claro que os cidadãos terão dificuldade de confiar nos seus líderes”.

Além disto, sem o respeito à liberdade de cada pessoa, não pode haver paz – acrescenta o papa, passando a falar da contribuição da Igreja: “A Igreja – disse ele – está pronta a cooperar e a apoiar todas as pessoas que têm como primeiro pensamento o de criar uma sociedade que respeite os direitos mais elementares do homem e que queira construir uma sociedade para o homem”.

 O papa prezou o reconhecimento expresso pelo novo embaixador pela contribuição da Igreja na história e na construção do país. Aludiu aos acordos assinados entre o Gabão e a Santa Sé há mais de 10 anos e à cooperação sempre maior, indicando o objetivo: “Ajudar a Igreja na sua missão a serviço de todo o homem e de todos os homens na sua vida cotidiana, participando do desenvolvimento da pessoa e da nação e dando a cada um uma esperança nova no futuro”.

O papa lembra a vocação da Igreja à educação e à assistência humana e espiritual. Fala de educação “no repeito às pessoas e à sua cultura, transmitindo valores espirituais e morais indispensáveis ao crescimento do ser humano”.

Quanto à assistência no campo da saúde, o papa lembra os numerosos dispensários dirigidos pelas Congregações religiosas, cujo trabalho está compreendido nos acordos. Explica que “uma sociedade, através da educação integral, mostra que os seus membros são a primeira riqueza nacional”. Bento XVI expressou o desejo de que se estabeleçam acordos para todos os níveis de ensino, também, em particular, no ensino superior. Além disto, menciona a pastoral junto às Forças Armadas: define-a como “particularmente delicada e a serviço da paz, da justiça e da segurança, no país e em toda a região”. Reconhece, por fim, a oportunidade de constituir comunidades de membros das Forças Armadas sob a direção espiritual de pastores que saibam respeitar a especificidade do mundo militar.(PL)








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