2008-06-20 13:28:15

Bento XVI falou sobre a identidade e missão das Rádios católicas hoje, aos participantes no Congresso realizado em Roma sobre este tema


(20/6/2008) “A rádio participa da missão da Igreja e da sua visibilidade, mas gera também uma nova maneira de viver, de ser e de fazer Igreja” – uma das observações expressas por Bento XVI ao receber, nesta sexta-feira, no Vaticano, os participantes no Congresso Internacional para os responsáveis das Rádios Católicas, promovido pelo Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, para reflectir sobre a identidade e a missão das Rádios Católicas hoje.
Através destas – comentou o Papa – os ouvintes dos diversos países e continentes “aprendem a conhecer melhor a Cristo, a escutar o Papa e a amar a Igreja”.
Detendo-se a considerar a importância da palavra na comunicação, Bento XVI fez notar que o homem foi constituído para entrar em relação com o outro, e fá-lo sobretudo por meio da palavra.
“Na sua simplicidade e aparente pobreza, a palavra, inscrevendo-se na gramática comum da linguagem, coloca-se como instrumento que realiza a capacidade de relação dos homens. Esta assenta na riqueza partilhada de uma razão criada à imagem e semelhança do Logos eterno de Deus, isto é, daquele Logos no qual tudo é criado, livremente e por amor”.
Um Logos que não permaneceu alheio às vicissitudes humanas, mas que, por amor, se comunicou aos homens, fazendo-se “carne”. No amor por Ele revelado e dado em Cristo, o Logos continua a convidar os homens a relacionar-se de modo novo com Ele e entre si.
“Queridos amigos, trabalhando nas Emissoras católicas, estais ao serviço da Palavra. As palavras que pondes em onda cada dia são um eco daquela Palavra eterna que se fez carne. As vossas próprias palavras só produzirão fruto na medida em que estiverem ao serviço do Palavra eterna, Jesus Cristo”.
Há que semear a palavra, a tempo e fora de tempo. As palavras transmitidas pelas Rádios católicas atingem inumerável número de pessoas, muitas das quais não frequentam a Igreja, pertencem a outras religiões ou nem sequer chegaram ainda a ouvir o nome de Jesus Cristo. “Este trabalho de paciente sementeira, dia a dia, hora a hora, é o vosso modo de cooperar na missão apostólica” – observou o Papa, dirigindo-se aos responsáveis das Emissoras católicas.
“Se as múltiplas formas e tipos de comunicação podem ser um dom de Deus ao serviço do desen
volvimento da pessoa humana e da humanidade inteira, a rádio, através da qual exerceis o vosso apostolado, propõe uma proximidade e uma escuta da palavra e da música, para informar e distrair, para anunciar e denunciar, mas sempre no respeito da realidade e numa clara perspectiva de educação para a verdade e para a esperança”.
“Não basta utilizar os meios de comunicação para difundir a mensagem cristã e o ensino autêntico da Igreja – advertiu o Papa. É também necessário integrar esta mensagem na nova cultura gerada pelas comunicações modernas”.
“Em razão do seu elo com a palavra, a rádio participa na missão da Igreja e na sua visibilidade, mas gera igualmente uma nova maneira de viver, de ser e de fazer Igreja; comporta implicações eclesiológicas e pastorais. É importante tornar atraente a Palavra de Deus dando-lhe corpo através das vossas realizações e emissões para tocar o coração dos homens e das mulheres do nosso tempo, e para participar na transformação da vida dos nossos contemporâneos”.








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