2008-06-19 14:20:16

Aos Bispos do Paquistão, o Papa recomenda uma "espiritualidade eucarística" e sublinha que "Jesus não pode ser amada em abstracto"


(19/6/2008) "O amor de Cristo não é mera abstracção”, engloba em si as pessoas concretas. “Jesus não pode ser amado em abstracto”: observações de Bento XVI, recebendo nesta quinta-feira os membros da Conferência Episcopal do Paquistão, na conclusão da respectiva visita “ad limina Apostolorum”.
Referindo-se às instituições católicas pensadas em vista do bem comum do povo paquistanês, afirmou o Papa:

“Estas instituições demonstram que o amor de Cristo não é mera abstracção, mas atinge cada homem e mulher, na medida em que passa através pessoas reais que trabalham nas instituições caritativas da Igreja.
O Evangelho ensina-nos que Jesus não pode ser amado em abstracto. Aqueles que prestam o seu serviço em hospitais ou escolas católicas, ou em organismos sociais ou caritativos, correspondem às necessidades dos outros, conhecendo bem que estùao a servir o próprio Senhor através de concretos actos de caridade”.

No seu discurso aos Bispos do Paquistão, Bento XVI deteve-se especialmente a sublinhar a “espiritualidade eucarística” que “diz respeito a cada um dos aspectos da vida cristã” e deve caracterizar a existência de todos os fiéis, mas muito particularmente dos padres e dos Bispos:

“A centralidade da Eucaristia, tanto através da inestimável celebração da Ceia do Senhor, como na adoração silenciosa do Sacramento, deve transparecer de modo claro na vida dos padres e dos Bispos”.

O laicado será assim levado a seguir esse exemplo, chegando a um mais profundo apreço pela presença permanente do Senhor no meio deles”.

“A fonte e cume da vida da Igreja reorienta radicalmente o modo como os cristãos pensam, falam e agem no mundo, e torna presente o significado salvífico da morte e ressurreição de Cristo, renovando a história e vivificando toda a criação. A fracção do pão recorda-nos sempre de novo que o absurdo da violência nunca tem a última palavra, pois Cristo venceu o pecado e a morte através da sua gloriosa ressurreição.
O santo Sacrifício dá-nos a certeza de que as suas feridas são o remédio para os nossos pecados, que a sua fraqueza é o seu poder em nós, e que a sua morte é a nossa vida".








All the contents on this site are copyrighted ©.