REPRESENTANTE VATICANO NA ONU APONTA PROGRESSOS NO COMBATE À AIDS, MAS DIZ QUE COMUNIDADE
INTERNACIONAL PODE FAZER MAIS
Nova Iorque, 15 jun (RV) - Na luta da comunidade internacional no combate à
AIDS foram feitos evidentes progressos, “mas permanece ainda muito a ser feito”: foi
o que disse o observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Celestino Migliore, na
reunião de alto nível realizada nesta quinta-feira na sede da organização internacional,
em Nova Iorque, durante a 62ª sessão da Assembléia Geral da ONU sobre o tema do HIV.
Em
seguida, o observador permanente convidou a fazer mais: em particular, pediu um maior
acesso, mediante módicos custos, a medicamentos anti-retrovirais, a testes confiáveis,
à prevenção da transmissão da doença da mãe ao filho e às técnicas diagnósticas.
Depois,
Dom Migliore ressaltou que um grande número de vítimas das AIDS se deve, na realidade,
a patologias como a tuberculose e a malária. Doenças de êxitos devastadores _ ressaltou
_ e que infelizmente não fazem notícia e em vista das quais não se recebem adequados
financiamentos para combatê-las.
Um maior compromisso da comunidade internacional
em fornecer alimento e assistência sanitária de base às populações pobres _ acrescentou
_ poderia gradualmente reduzir a disparidade entre aquilo que é possível e aquilo
que é necessário.
Por fim, Dom Migliore recordou o compromisso da Santa Sé
no combate à AIDS: através das suas instituições atende a 4 milhões de pessoas no
mundo, independentemente da raça, da nacionalidade e do credo, alcançando as populações
mais marginalizadas nos lugares mais isolados do planeta. Um terço dos tratamentos
oferecidos é gratuito.
O representante vaticano na ONU concluiu seu pronunciamento
com um apelo a lutar contra a pandemia da AIDS com um sentido de maior solidariedade
e compaixão, promovendo a dignidade de todo ser humano em todas as fases de sua vida.
(RL)