Aumento da doença da SIDA na Guiné Bissau; deficit da comunicação social e do empenho
do poder politico no combate á doença
(14/6/2008) Os portadores do vírus da sida estão a aumentar na Guiné-Bissau porque
os guineenses encaram a doença como invenção dos europeus e um problema de outros
países, segundo o Secretariado Nacional de Luta contra Sida Paulo José Mendes,
delegado do Governo junto deste secretariado afirmou à Agência Lusa que apesar de
todas as campanhas de sensibilização dos últimos anos, a tendência da sida na Guiné-Bissau
aponta para o aumento da doença, tal como acontece em todos os países da África sub-saariana.
Segundo Paulo Mendes, a taxa de seropositivos na Guiné-Bissau varia entre 1,9 e 4
por cento, segundo estudos de organizações não-governamentais, mas “dados mais fiáveis”
sobre a realidade da doença na Guiné-Bissau serão apurados com um estudo de vigilância
epidemiológico a ser realizado este ano. As regiões de Bissau e do leste do país,
Bafata e Gabú são as localidades com maiores taxas de contaminados. A juntar a
esta descrença em relação à doença, Paulo Mendes apontou a forma “deficitária” como
a comunicação social do país aborda a questão da sida e o empenho do poder político
no combate à doença.