2008-06-10 15:31:03

Educar para a esperança na oração, na acção, no sofrimento;.. não é a ciência mas o amor que redime o homem”. Bento XVI na inauguração do encontro eclesial promovido pela diocese de Roma


(10/6/2008) Hoje não é fácil viver no sinal da esperança cristã, afirmou Bento XVI nesta segunda feira á noite inaugurando na Basílica de São João de Latrão, o encontro pastoral da diocese de Roma.
Na sociedade de hoje e também na amada cidade de Roma, prevalecem muitas vezes - salientou – atitudes de desconfiança, de desilusão e de resignação que caracterizam não só a grande esperança, mas também aquelas pequenas esperanças que nos sustentam na nossa vida quotidiana. Em particular, para Bento XVI é difusa a sensação que para a Itália assim como para a Europa, os anos melhores já passaram incumbindo agora um destino de precariedade e de incerteza para as novas gerações. Pelo contrário, as nossas expectativas melhores concentram-se nas ciências e nas tecnologias, como se ,somente delas pudesse vir a solução dos problemas. Daqui a afirmação central de Bento XVI:
“Seria insensato negar ou minimizar o enorme contributo das ciências e das tecnologias para a transformação do mundo e das nossas condições de vida concretas, mas seria da mesma maneira míope ignorar que os seus progressos colocam nas mãos do homem também possibilidades abissais de mal e que, em todo o caso, não são as ciências e as tecnologias que poderão dar um sentido á nossa vida e ensinar-nos a distinguir o bem do mal. Portanto, como escrevi na Spe salvi, não é a ciência mas o amor que redime o homem” .
A nossa civilização e a nossa cultura, que desde há dois mil anos encontraram Cristo tendem demasiadas vezes - denunciou Bento XVI - a colocar Deus entre parêntesis , a organizar sem Ele a vida pessoal e social, e também a considerar que, de Deus, não se possa conhecer nada, chegando mesmo a negar a sua existência. Mas, quando Deus é posto de lado, nenhuma coisa que nos preme pode encontrar uma colocação estável: todas as grandes e pequenas esperanças apoiam no vazio. Daqui a necessidade de abrir a Deus o nosso coração, o nosso intelecto e a nossa vida, para sermos no meio dos nossos irmãos, suas testemunhas credíveis.
Como objectivo do próximo ano pastoral Bento XVI entregou á sua diocese aquele de reflectir sobre a maneira de educar concretamente para a esperança, identificando alguns lugares da sua aprendizagem pratica e do seu exercício efectivo.
Educar para a esperança na oração, na acção, no sofrimento, aliás o titulo deste encontro diocesano no qual, durante três dias tomarão parte milhares de pessoas, entre párocos, sacerdotes, religiosos e religiosas, fiéis leigos e os jovens das paroquias, das associações e dos movimentos.  







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