BUSH APÓIA TRABALHO DE RELIGIOSAS NO COMBATE AO TRÁFICO DE PESSOAS
Roma, 05 jun (RV) - O presidente dos EUA, George Bush, manifestou seu apoio
e apreço às religiosas da União Internacional das Superioras Gerais (UISG) engajadas
no combate ao tráfico humano. Elas estão reunidas em Roma desde o dia 2, debatendo
ações conjuntas para contrastar o fenômeno.
Segundo a embaixadora estadunidense
na Santa Sé, Mary Ann Glendon, "Bush conhece bem o intenso trabalho das religiosas
e falou dele com o papa em sua recente visita a Washington". A diplomata interveio
ontem no Congresso promovido pela UISG, em colaboração com a Organização Internacional
para as Migrações (OIM).
Glendon adiantou que o tema do tráfico de pessoas
estará também na agenda do próximo encontro do presidente com o papa: "Em seu governo,
Bush deu prioridade às parcerias com organizações de caráter religioso".
Os
EUA destinaram 75 milhões de dólares em 2007 para financiar projetos em mais de 90
países do mundo. "Todos nós sabemos que verbas e apoio são importantes, mas ainda
mais importante é o que as senhoras estão fazendo", disse ela às religiosas, valorizando
a rede criada pela UISG para o combate à moderna escravidão.
"Entre as causas
na raiz do tráfico não está somente a pobreza, que não explica tudo", denunciou Mary
Ann Glendon. "O aumento de demanda, que reflete a perda de valores morais na sociedade,
é alarmante." A diplomática enalteceu o programa-piloto criado pela OIM, que depois
de formar, em quatro anos, 400 religiosas em 22 países, agora deverá treinar o clero
masculino.
O congresso, que se conclui sexta-feira, reúne 50 religiosas de
34 congregações envolvidas no combate ao tráfico. Depois de constituir uma rede regional
(Europa, Ásia e América Latina), o objetivo da UISG agora é criar uma rede global.
Este tráfico envolve dois milhões e meio de pessoas no mundo, setecentos mil
das quais mulheres. O fenômeno envolve também um grande número de crianças. Cristiane
Murray perguntou para a Irmã Roseli Consoli do Prado, Oblata do Santíssimo Redendor,
qual a dimensão do tráfico: