Peregrinação da Arquidiocese de Turim no Vaticano: o Papa anuncia uma nova exposição
do Santo Sudário em 2010, uma ocasião propicia para contemplar aquele Rosto misterioso
que silenciosamente fala ao coração dos homens
(2/6/2008) Bento XVI recebeu na grande aula das audiências do Vaticano uma peregrinação
da arquidiocese italiana de Turim, que coroa um caminho espiritual e pastoral percorrido
por esta comunidade diocesana nos últimos anos, e que prosseguirá. Como recordou o
Papa no seu discurso o próximo ano pastoral será dedicado á Palavra de Deus, e o
sucessivo será orientado para uma contemplação mais atenta do mistério da Paixão de
Cristo. Neste contexto Bento XVI anunciou que, respondendo ao desejo do arcebispo
de Turim, permitirá que na primavera de 2010 tenha lugar outra exposição do Sudário. “Será
uma ocasião quanto mais propicia para contemplar aquele Rosto misterioso que silenciosamente
fala ao coração dos homens, convidando-os a reconhecer ali o rosto de Deus, o qual
amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único, para que todo o que n’Ele
crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
"Se for Jesus o centro das vossas
famílias, das vossas paroquias e de cada comunidade, sentireis viva a sua presença
e crescerão a unidade e a comunhão entre todas as varias articulações da diocese.
Alimentai portanto constantemente a união com o Senhor na oração e com a pratica frequente
dos Sacramentos, especialmente da Eucaristia e da Confissão"-salientou o Papa a concluir.
-O Santo Sudário, uma das relíquias mais famosas do Cristianismo, é o pano de linho
puro, que alguns afirmam ter sido utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo
após sua crucificação. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e
10 centímetros de largura. Há notícia dele desde 1353, quando um pano que supostamente
serviu de mortalha para Cristo apareceu em Lirey (França), levado pelas expedições
que estiveram na Terra Santa. Um século depois, chegou às mãos dos duques de Savóia,
que o guardaram em Chambéry. Em 1532, foi danificado num incêndio e, em 1694, foi
transferido para a capela do Duomo (Catedral) de Turim. Embora não se possa afirmar
com toda a segurança a autenticidade desta “relíquia”, o Papa João Paulo II gostava
de falar dela como de um maravilhoso “ícone”.