2008-05-31 13:57:59

VIOLÊNCIA SOCIAL NA GUATEMALA PREOCUPA PAPA


Cidade do Vaticano, 31 mai (RV) - Discursando ao sr. Acisclo Valladares Molina, novo diplomata da Guatemala junto à Santa Sé, o papa assegurou suas orações pela segurança, o progresso e a convivência harmoniosa do querido povo guatemalteco.

Bento XVI recordou que se completam 25 anos da primeira visita pastoral de João Paulo II àquele ‘belo país, da eterna primavera’; visita que atestou a solicitude e a proximidade da Santa Sé à Guatemala, inclusive em seus momentos mais delicados. Tal solicitude é recíproca – disse Bento XVI, que sente que os laços de amizade que unem a Guatemala à Santa Sé e ao papa são fortes.

E também daqui do Vaticano, a Igreja compartilha as preocupações das autoridades locais com fenômenos como a pobreza e a emigração, aqueles que têm que abandonar suas terras, levando-as no coração. Outro desafio recordado pelo Santo Padre é o problema da desnutrição de numerosas crianças: o direito à alimentação responde principalmente a uma motivação ética: “dar de comer aos famintos”.

Para ilustrar este conceito, o papa explicou que o objetivo de erradicar a fome e ao mesmo tempo de oferecer uma alimentação saudável e eficiente, requer também métodos e ações específicas que permitam a exploração dos recursos, no respeito do patrimônio da criação.

“Trabalhar neste sentido é uma prioridade que comporta não apenas o beneficio dos resultados da ciência, da pesquisa e das tecnologias, mas também levar em conta os ciclos e o ritmo da natureza conhecidos pelos agricultores, assim como proteger os usos tradicionais das comunidades indígenas, deixando de lado razões egoístas e exclusivamente econômicas”.

O papa também recordou as dificuldades das mães, que devem ter o direito de educar e nutrir seus filhos com dignidade, e de evitar o injustificável recurso ao aborto. Neste sentido, ressaltou a tarefa urgente de salvaguardar a vida, principalmente a do nascituro, e facilitar a adoção de crianças, agilizando os procedimentos necessários e garantindo sua legalidade.

“O flagelo da violência social se agrava com a falta de diálogo e de coesão nos lares, com as lacerantes desigualdades econômicas, com graves negligências e deficiências sanitárias, com o consumo e o tráfico de drogas ou a crescente corrupção. Constato com satisfação os passos dados por sua Nação no combate a estas tragédias” – disse o papa.

O papa terminou seu discurso felicitando o diplomata, sua família e todos os membros da missão, e oferecendo a ajuda de seus colaboradores, quando preciso. (CM)







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