2008-05-31 18:32:53

ARCEBISPO DE KIRKUK: SE A IGREJA CALDÉIA DESAPARECESSE DO IRAQUE SERIA UMA GRANDE PERDA TAMBÉM PARA OS MUÇULMANOS




 Milão, 31 mai (RV) - “Se hoje os norte-americanos deixassem o país, se correria o perigo da guerra civil e também de uma divisão do Iraque, devido à influência dos países da área, como Irã, países do Golfo, Síria e Turquia”.

A advertência foi lançada em Milão pelo arcebispo de Kirkuk e representante da Igreja caldéia no Iraque, Dom Louis Sako, por ocasião da conferição do Prêmio “Defensor fidei”, que lhe outorgou o bimestral católico “Il Timone”, pelo seu engajamento a favor do diálogo.

''A Igreja Caldéia – explicou Dom Sako – é a Igreja das origens também para o Ocidente. Hoje somos poucos, mas se desaparecêssemos, seria uma grande perda para o Ocidente, mas também para o mundo muçulmano”.

No Iraque, inúmeros cristãos foram obrigados a deixar o país, mas o arcebispo de Kirkuk não perde o otimismo: “Antes, havia uma ditadura absoluta. Com a queda do regime que controlava tudo, voltou a liberdade e agora é necessário educar as pessoas a respeitar os outros. Por isto, queremos o diálogo com os muçulmanos''.

Dom Sako diz também ver com confiança a possibilidade de um encontro do presidente do Irã com o Santo Padre: “Se houver um diálogo sincero – pondera o arcebispo – poderá vir uma ajuda para o Iraque e para todo o Oriente Médio''.

Dom Louis Sako reconhece, no entanto, que o diálogo entre os diversos credos, devido principalmente aos grupos extremistas, não é fácil: ''A situação no país ainda é dramática, certamente não se pode falar de segurança. Mas a maioria das pessoas é contra o terrorismo”.

Apesar das dificuldades, o arcebispo de Kirkuk está certo de que a Igreja tem ainda um papel importante: “A nossa força não está nos números, mas na nossa cultura e na capacidade de abertura aos outros. O importante é que haja unidade e é por isto que seria necessária uma pastoral precisa, que ainda não temos''. (PL)







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