O serviço da autoridade e a obediência: instrução da Congregação para os Institutos
de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica
(28/5/2008) Um apelo a exercer a obediência e a autoridade no interior dos institutos
religiosos em nome da fé e não como simples execução de regras, foi feito pela Congregação
para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica numa instrução
publicada nesta quarta feira. A recomendação dirigida aos membros dos institutos
religiosos e outras pessoas consagradas, vem juntar-se ás muitas outras que nos últimos
tempos vieram do Papa Bento XVI, em particular durante a sua viagem aos Estados Unidos
em que varias vezes convidou os religiosos a uma maior disciplina, embora entendida
em sentido cristão. A instrução de cerca de 50 paginas, que acaba de ser publicada,
explica que a obediência cristã e religiosa não se configura antes de mais ou simplesmente
como uma execução de leis ou disposições eclesiásticas ou religiosas, mas como o momento
de um percurso de procura de Deus, que passa através da escuta da sua Palavra, a tomada
de consciência do seu desígnio de amor, a experiência fundamental de Cristo, o obediente
por amor até á morte na cruz. Ao mesmo tempo a autoridade, na vida religiosa deve
ser vista como ajuda á comunidade a procurar e a cumprir a vontade de Deus. Quer
dizer, nem obediência passiva, nem autoridade fim a si mesma devem caracterizar a
vida de religiosas e religiosos, mas um serviço comum á fé e á comunidade, cada um
segundo o próprio papel. E nos momentos difíceis – salienta a instrução – é necessário
fazer referencia ao Obediente por excelência, Cristo, o qual – segundo Evangelho –
aprendeu a obediência das coisas que sofreu. A Autoridade, enquanto mediação humana
não é infalível, admite a Congregação para os religiosos, mas todas as vezes que o
religioso se encontra diante de um comando que lhe é dado legitimamente, o Senhor
pede que se obedeça á autoridade que naquele momento O representa.