MILHARES DE PESSOAS PARTICIPAM DAS EXÉQUIAS DO CARDEAL BERNARDIN GANTIN
Cotonou, 22 mai (RV) - Num clima de grande comoção, milhares de pessoas participaram
esta manhã, no Estádio da Amizade, em Cotonou, em Benin, das exéquias do prefeito
emérito da Congregação para os Bispos e decano emérito do Colégio cardinalício, Cardeal
Bernardin Gantin, falecido no dia 13 deste mês em Paris, aos 86 anos. As exéquias
foram presididas pelo legado do papa, o prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal
Giovanni Battista Re.
Entre os concelebrantes encontrava-se também o prefeito
da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o nigeriano Cardeal
Francis Arinze. Além dos numerosos fiéis provenientes de todas as dioceses do país,
participaram da celebração o presidente da República de Benin, Yayi Boni, políticos
e também representantes de outras confissões cristãs e de outras religiões.
Durante
a missa, foi lido o testamento espiritual do purpurado africano: um testamento cheio
de gratidão a Deus e à Igreja por aquilo que recebeu e um insistente pedido de oração
por ele.
Em sua homilia, o Cardeal Re ressaltou algumas características da
personalidade e da obra do Cardeal Gantin, a quem definiu como um homem de grande
espiritualidade, um homem harmonioso e coerente entre a palavra e a ação; um grande
homem da Igreja da qual foi um exemplar servidor, e que sempre procurou, durante a
sua vida, trabalhar pelo crescimento da Igreja de Deus.
Para os bispos, ressaltou
ainda o legado do papa, sempre foi um pai e um irmão, partilhando as suas preocupações
pastorais.
Para o Cardeal Re, o Cardeal Gantin foi um grande africano e permanecerá
na história como alguém que honrou não somente seu país, Benin, mas toda a Igreja
quando se tornou o primeiro bispo africano a ser o mais estreito colaborador do papa.
Após
ressaltar ainda a solidez de fé e o amor pelo Sucessor de Pedro na pessoa de numerosos
papas aos quais o purpurado africano serviu, o Cardeal Re exortou os fiéis a colherem
a sua herança e a fazê-la frutificar.
Após a missa, o Cardeal Gantin, segundo
seu expresso desejo, foi sepultado na capela do Seminário Maior de Ouidah. Durante
sua homenagem à memória do cardeal, o presidente da República disse que de agora em
diante o aeroporto internacional de Cotonou se chamará "Aeroporto Internacional Cardeal
Bernardin Gantin" e pediu às outras cidades do país que atribuíssem a uma praça ou
a uma rua o nome do ilustre compatriota. (RL/BF)