2008-05-22 20:56:15

DESAFIO DIGITAL E GRANDES CORPORAÇÕES POLARIZAM INÍCIO DO CONGRESSO DAS FACULDADES DE COMUNICAÇÃO CATÓLICAS


Roma, 22 mai (RV) - Teve início esta manhã em Roma, na Pontifícia Universidade Urbaniana, o Congresso Internacional das Faculdades de Comunicação das universidades católicas do mundo inteiro.

O Congresso, que tem como tema "Identidade e missão de uma Faculdade de Comunicação numa Universidade católica", tem a participação de mais de 40 universidades dos cinco continentes, chamadas a confrontar-se em três dias de estudo e debate intensos. De fato, são muitas as inquietações sobre as quais interrogar-se criticamente e oferecer respostas ou hipóteses de trabalho.

O Congresso tem como subtítulo "Um olhar para o futuro das comunicações junto a toda a Igreja". O encontro é promovido pelo Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.

"Devemos buscar a verdade para partilhá-la, colocando o homem com os seus valores éticos no centro da comunicação e formando agentes não somente especializados, mas dotados de profundas referências morais", ressaltou o presidente do referido organismo vaticano, o Arcebispo Claudio Maria Celli.

Os trabalhos propriamente ditos tiveram início com a conferência do professor irlandês Farrel Corcoran, docente da Universidade de Dublin, que falou do desafio da Era digital.

De que modo, perguntou-se, a tecnologia está transformando a natureza das comunicações sociais, da imprensa escrita, audiovisual e eletrônica?

Como pano de fundo, apresentou o tema dos grandes grupos da mídia entrelaçados também em suas propriedades com indústrias de outro tipo, entre as quais também os produtores de armas. Trata-se de corporações globais ou regionais no caso das novas companhias na América Latina, na China, na Índia, que dirigem e condicionam a comunicação planetária, ou seja, também as ideologias, os consumos e os estilos de vida. Corporações voltadas a produzir lucros em benefício de poucos.

Junto a estas, existem ainda as indústrias da comunicação militar, que hoje usam técnicas sofisticadas, e as indústrias das relações públicas e dos lobbys, que fornecem 20% do material veiculado em todas as mídias.

Nesse cenário, se inserem as novas mídias digitais, que vão além das medidas do tempo e do espaço. Mas não devemos ceder, advertiu o professor Corcoran, ao medo das transformações que elas trouxeram na comunicação, no nosso sentir e no nosso pertencer ao mundo.

Os trabalhos do Congresso prosseguirão até o próximo sábado, dia 24. (RL/BF)







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