2008-05-22 19:44:25

Com o dom de si mesmo na Eucaristia, o Senhor Jesus liberta-nos das nossas paralisias: Bento XVI na homilia da Missa da Solenidade do Corpo de Deus


(22/5/2008) Bento XVI deslocou-se esta tarde a São João de Latrão em cujo átrio celebrou a Missa do Corpo de Deus que se concluiu com a procissão eucarística até á Basílica de Santa Maria Maior.
Na homilia da Missa o Papa falou do significado desta Solenidade e salientou que a Eucaristia nunca poderá ser um facto privado, reservado a pessoas que se escolheram por afinidades ou amizade. A Eucaristia é um culto público, que nada tem de exotérico, de exclusivo. Estamos unidos – disse Bento XVI – para além das nossa diferenças de nacionalidade, de profissão, de extracção social ou ideias politicas: abrimo-nos uns aos outros para nos tornarmos numa única coisa a partir dele…...Esta foi desde o inicio uma característica do cristianismo realizada visivelmente ao redor da Eucaristia, e é preciso vigiar para que as tentações de particularismo, embora em boa fé não corram em sentido oposto. O segundo aspecto constitutivo da festa do Corpo de Deus é para o Papa caminhar com o Senhor. Com o dom de si mesmo na Eucaristia, o Senhor Jesus liberta-nos das nossas paralisias , faz-nos proceder, dar passos em frente, com a força deste Pão da vida.
A procissão do Corpo de Deus - salientou Bento XVI – ensina-nos que a Eucaristia quer libertar-nos de qualquer tipo de desconforto, quer fazer-nos levantar, para que possamos empreender o caminho com a força que Deus nos dá mediante Jesus Cristo…
A Eucaristia é o Sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas que se coloca ao nosso lado e nos indica a direcção……Deus criou - nos livres, disse depois o Papa, mas não nos deixa sozinhos: Ele próprio se fez caminho e veio caminhar connosco, para que a nossa liberdade tenha também o critério para discernir o caminho justo e percorrê-lo.
A concluir a sua homilia da Missa celebrada na tarde desta quinta feira em São João de Latrão, Bento XVI salientou que nós cristãos ajoelhamo-nos somente diante do Santíssimo Sacramento, porque sabemos e acreditamos que nele está presente o único verdadeiro Deus.
A adoração é oração que prolonga a celebração e a comunhão eucarística e da qual a alma continua a alimentar-se: nutre-se de amor, de verdade, de paz; nutre-se de esperança, porque Aquele diante do Qual nos prostramos não nos julga, não nos esmaga, mas liberta-nos e transforma-nos.









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