BISPOS IRLANDESES PEDEM QUE BOMBAS DE FRAGMENTAÇÃO SEJAM ABOLIDAS
Dublin, 20 mai (RV) - Por ocasião da Conferência de Dublin sobre as bombas
de fragmentação, a Comissão para a Justiça da Conferência Episcopal Irlandesa lançou
um apelo para que essas bombas sejam proibidas.
Os bispos recordam que a Irlanda
teve um papel importante, junto a outros sete países, entre os quais a Santa Sé, em
promover as negociações para eliminar as bombas de fragmentação, e que o governo irlandês
prometeu a introdução de uma nova legislação contra essas armas, mesmo sabendo que
as nações produtoras buscarão limitar seu impacto.
Os prelados afirmam que
a Irlanda tem uma reputação como nação comprometida com a paz. De fato, foi o primeiro
país a assinar, em 1967, o tratado de não-proliferação de armas nucleares, e contribuiu
de modo determinante durante as negociações para o Tratado de Ottawa, em 1997, para
proibição das minas anti-pessoais.
Citando as palavras de Bento XVI, que definiu
como "inaceitável" o uso dessas bombas, os bispos pediram à delegação irlandesa da
Conferência que impeça que os interesses das nações que produzem e usam esses explosivos
coloquem em segundo lugar a obrigação moral de proteger civis inocentes. (BF)