BARTOLOMEU I É AGRACIADO COM PRÊMIO POR COMPROMISSO ECOLÓGICO
Atenas, 19 mai (RV) - Há tempos, o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu
I, vem fazendo apelos à salvaguarda do meio ambiente e incentivando a pesquisa científica
para que esta retorne a critérios morais. De fato, o seu compromisso nesta área levou-o
a merecer o título de "Patriarca ecológico" e a ser citado pela revista Time entre
as 100 pessoas mais influentes do mundo.
Na última quinta-feira, dia 15, Bartolomeu
I recebeu em Atenas o prêmio Woodrow Wilson por seu empenho ambiental. Segundo a agência
missionária AsiaNews, ao retirar o prêmio, o patriarca citou as preocupações
das pessoas simples, no mundo inteiro, por uma possível catástrofe ecológica.
As
constatações são as mesmas em todos os lugares, entre diversas culturas e linguagens:
"O homem, em sua corrida desenfreada pelo lucro material, corre o risco de destruir
a beleza do nosso planeta".
Também no "chamado mundo civil que se professa
cristão (...) persiste uma corrida frenética que busca a destruição do nosso planeta".
Para a humanidade, disse Bartolomeu I, torna-se necessário "sair dessa situação intrincada"
e "a religião pode dar uma contribuição importante para iluminar o pensamento técnico
e científico".
Após recordar os conflitos do passado entre fé e ciência, sobretudo
no Ocidente, o patriarca disse seguir com grande satisfação "o cicatrizar-se das feridas"
entre Igreja e ciência.
Bartolomeu I ressaltou também que vê com preocupação
o emergir de um conhecimento técnico e científico que "se distancia de qualquer concepção
ética, produzindo assim uma sua moral desprovida de amor a Deus". (RL/BF)