Papa exorta as Obras Missionárias Pontifícias a dinamizarem nas Igrejas locais o impulso
missionário
Embora “pontifícias”, as “Obras Missionárias” são também, de direito, episcopais,
como “instrumentos nas mãos dos Bispos para realizar o mandato missionário de Cristo”.
“Instrumento específico, privilegiado e principal para educar no sentido missionário
universal e para a comunhão e colaboração inter-eclesial ao serviço do anúncio do
Evangelho”. - Observações feitas por Bento XVI, ao receber, neste sábado de manhã,
os participantes no Encontro anual dos representantes nacionais das “Obras Missionárias
Pontifícias”. Recordando que – como afirmou o Concílio Vaticano II – “a Igreja é por
sua natureza missionária”, o Papa sublinhou que “as Obras Missionárias Pontifícias
têm o carisma de promover entre os cristãos a paixão pelo Reino de Deus, a estabelecer
por toda a parte através da pregação do Evangelho”. Tendo em conta “os novos paradigmas
de evangelização” e o “modelo eclesiológico de comunhão entre as Igrejas” proposto
pelo Concílio Ecuménico, o Papa pôs a tónica na responsabilidade de cada Igreja local,
com toda a plenitude de vida eclesial que a caracteriza:
“A missão é uma tarefa
e um dever de todas as Igrejas que, como vasos comunicantes, partilham pessoas e recursos
para a realizar. Cada Igreja local é o povo escolhidos entre as gentes, convocado
na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, para fazer conhecer os prodígios
daquele que das trevas os chamou à sua luz admirável. È na Igreja local que o
Espírito Santo se manifesta com a riqueza dos seus carismas, dando a cada fiel a chamada
e a responsabilidade da missão.”
Trata-se de uma “missão de comunhão” – observou
ainda o Papa.
“As palavras de Jesus Ide por toda a parte e fazei discípulos
de todas as nações, baptizando-as no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes
a observar tudo o que vos mandei continuam a ser um mandato obrigatório para toda
a Igreja e para cada um dos fiéis cristãos. Este empenho apostólico é um dever e também
um direito irrenunciável, expressão própria da liberdade religiosa, com as suas dimensões
ético-sociais e ético-políticas.”