EMBAIXADOR ISRAELENSE GARANTE: "ISRAEL AJUDARÁ COMUNIDADES CRISTÃS DA TERRA SANTA"
Roma, 16 mai (RV) - O novo embaixador de Israel junto à Santa Sé, Mordechay
Lewy, assegurou que seu país fará todo o possível para ajudar as comunidades cristãs
da Terra Santa, para que não tenham de empreender o caminho do êxodo.
"Temos
que fazer todo o possível para reforçar as comunidades cristãs em Israel, pois sua
presença essencial na Terra Santa está profundamente arraigada e é historicamente
reconhecida", explicou ontem o embaixador em coletiva de imprensa realizada ontem
na embaixada de Israel junto à Santa Sé.
Na última segunda-feira, ao apresentar
suas cartas credenciais a Bento XVI, o embaixador havia manifestado este mesmo compromisso.
O diplomata declarou-se totalmente de acordo com o pontífice quando ele afirma que
se deve fazer todo o possível para que a Terra Santa "não se converta somente em um
lugar arqueológico, privado de vida eclesial".
"Israel quer reiterar seu compromisso
de manter o status dos lugares santos cristãos e defender os direitos de que desfrutam
suas comunidades cristãs", disse ele. Segundo o embaixador, os cristãos não emigram
da Terra Santa por razões políticas, mas, sobretudo, por razões de caráter econômico
e social. Em geral, explica, eles recebem uma formação de ótima qualidade nas escolas
cristãs e, portanto, podem encontrar facilmente um trabalho no exterior.
O
diplomata qualificou como "muito positivo" o discurso que o Papa lhe dirigiu. O pontífice
felicitou-o pela celebração dos 60 anos do Estado de Israel e pediu um acordo sobre
a situação econômica e fiscal da Igreja no país.
Neste sentido, o diplomata
manifestou o desejo de seu governo de responder aos pedidos da Igreja e chegar a um
acordo que aplicará, assim, de maneira global, o acordo fundamental que permitiu as
relações entre Israel e a Santa Sé há 15 anos.
Também manifestou o interesse
de responder ao pedido do papa de oferecer vistos aos sacerdotes e religiosos procedentes
de países que não mantêm relações com Israel ou que estão em guerra, reconhecendo,
todavia, que se trata de uma solução complicada, pois não é fácil abrir exceções simplesmente
pelo caráter eclesial ou religioso da pessoa. (SP/BF)