2008-05-16 20:52:59

ASSOCIAÇÕES CRISTÃS DE TRABALHADORES ITALIANOS DIZEM “NÃO” À HIPÓTESE DE DELITO DE IMIGRAÇÃO CLANDESTINA


Roma, 16 mai (RV) - Tem sido muito polêmico nestes dias, na Itália, o debate sobre a segurança e sobre a imigração clandestina. Hoje, o ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, em seu pronunciamento em Roma por ocasião da festa da polícia, disse que "é o momento de intervir com firmeza para evitar que o ódio prevaleça sobre as regras da convivência civil", para que não mais se repitam episódios definidos como "de injustificável violência", como a agressão aos campos nômades em Nápoles, sul da Itália, após a tentativa de sequestro de uma recém-nascida por parte de uma jovem cigana.

Ontem, quinta-feira, a polícia efetuou centenas de detenções em toda a Itália por roubo, tráfico de droga, prostituição e imigração clandestina.

E por parte de muitos setores da sociedade se eleva o pedido de introduzir o delito de imigração clandestina: hipótese à qual são absolutamente contrárias as Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos (ACLI), como explica o seu presidente, Ernesto Olivero:

Ernesto Olivero:- "Consideramos que não se possa impedir os cidadãos estrangeiros que têm dificuldade de subsistência no próprio país de emigrar em busca de uma vida melhor. É preciso que estejamos atentos, porque se nós considerarmos isso um delito, amanhã poderemos considerar delito também a pobreza. Pelo contrário, é preciso atingir de modo duro todos aqueles que exploram esse desejo das pessoas e criam situações de escravidão para os imigrados em nosso país e em tantos outros do mundo. Isso sim é escandaloso, como é escandaloso também o fato de não se conseguir fazer entrar de modo regular trabalhadores que inclusive são necessários e diria, aliás, indispensáveis para o nosso país. Basta pensar nas muitas pessoas que trabalham assistindo as famílias e que se encontram em situação de ilegalidade, colocando também essas famílias numa situação embaraçadora e inaceitável. Essa é a verdadeira emergência deste momento." (RL/BF)







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