2008-05-16 13:59:06

A verdade do matrimónio e da família radica-se na verdade do homem: Bento XVI às Associações Familiares. Evocados os 40 anos da "Humane vitae" e os 25 da Carta dos Direitos da Família


O Papa recebeu nesta sexta-feira no Vaticano duas centenas de participantes num Forum de Associações Familiares europeias, tendo como tema “A aliança pela família na Europa: o associacionismo protagonista”. Objectivo da iniciativa: “confrontar as experiências sobre as várias formas associativas familiares, em ordem a sensibilizar os governantes e a opinião pública sobre o papel central e insubstituível que desempenha a família na nossa sociedade”.
Dirigindo-lhes a palavra, Bento XVI recordou a coincidência de se celebrar este ano o quadragésimo aniversário da Encíclica “Humanae vitae” e o vigésimo quinto da Carta dos Direitos da Família, apresentada pela Santa Sé em Outubro de 1983. Dois documentos da Igreja “unidos na sua inspiração”, observou o Papa:

“Se a Humana vitae, corajosamente e em contracorrente com a cultura dominante, recorda com firmeza a qualidade de amor dos esposos, não manipulado pelo egoísmo e aberto à vida, a Carta dos Direitos da Família põe em evidência os direitos inalienáveis que permitem à família, fundada no casamento entre um homem e uma mulher, ser o berço natural da vida humana”.

Citando João Paulo II (“o Papa da família”), Bento XVI sublinhou que “o futuro da humanidade passa pela família”, até porque – acrescentou - “a verdade do matrimónio e da família radica-se na verdade do homem”.

“A revelação bíblica é antes de mais uma história de amor, a história da aliança de Deus com os homens. É por isso que a história de amor entre um homem e uma mulher na aliança do matrimónio foi assumida por Deus como símbolo da história da salvação. É precisamente por isso que a união de vida e de amor, baseada no matrimónio entre um homem e a mulher – que constitui a família – representa um bem insubstituível para toda a sociedade, a não confundir nem equiparar a outros tipos de união”.

Perante o inegável aumento das crises matrimoniais e familiares, com tantas famílias que se debatem com condições de preocupante precariedade, surge espontâneo “um pedido de ajuda que interpela os responsáveis das administrações públicas, das comunidades eclesiais e das diferentes agências educativas” – fez notar Bento XVI. É urgente “unir forças para sustentar, por todos os meios, as famílias, do ponto de vista social e económico, jurídico e espiritual “.








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