O PESAR DO PAPA PELA MORTE DO CARDEAL BERNARDIN GANTIN
Cidade do Vaticano, 14 mai (RV) - Faleceu nesta terça-feira em Paris, aos 86
anos, o Cardeal Bernardin Gantin, prefeito emérito da Congregação para os Bispos,
presidente emérito da Pontifícia Comissão para a América Latina e Decano emérito do
Colégio Cardinalício.
No telegrama de pesar que enviou ao Arcebispo de Cotonou,
D. Honorat Léon Agboton, o papa manifesta a sua união na oração com os bispos da Conferência
Episcopal de Benin, com os fiéis da arquidiocese de Cotonou e de todo Benin, assim
como com a família do defunto e as pessoas atingidas pelo luto.
Bento XVI
pede ao Deus de misericórdia que acolha na sua paz este filho eminente de Benin e
da África, estimado por todos, animado de um espírito profundamente apostólico e de
um alto sentido da Igreja e da sua missão no mundo.
O papa dá graças a Deus
pelo ministério fecundo do Cardeal Gantin como arcebispo de Cotonou e, depois, durante
numerosos anos na Santa Sé, a quem serviu com generosa fidelidade, principalmente
na Congregação para os Bispos e como membro do Colégio Cardinalício do qual foi apreciado
Decano.
Cardeal Gantin nasceu em Toffo, arquidiocese de Cotonou, em Benin,
no dia 8 de maio de 1922. O seu nome significa árvore (gan) de ferro (tin) da terra
da África; sempre estiveram presentes na sua vida o seu povo e a sua terra. Filho
de um funcionário das ferrovias, completou os seus estudos nas escolas de Dahomey,
hoje República de Benin, onde chegaram os primeiros missionários em 1861.
Em
1936 entrou no seminário de Ouidah; recebeu a ordenação sacerdotal no dia 14 de janeiro
de 1951 em Lomé, no Togo. Durante três anos, foi professor de línguas no seminário
diocesano, dedicando-se ao mesmo tempo à atividade pastoral em diversos vilarejos.
Em
1953, transferiu-se para Roma, onde estudou na Universidade Urbaniana e, depois, na
Lateranense, obtendo a Licença em Teologia e Direito Canônico. No dia 11 de dezembro
de 1956, foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Cotonou. Em 1960, João XXIII
o nomeou arcebispo de Cotonou.
No dia 29 de junho de 1971, renunciou ao governo
da arquidiocese de Cotonou, sendo chamado a Roma pelo Papa Paulo VI como secretário
adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos, da qual tornou-se secretário
dois anos mais tarde.
No dia 8 de abril de 1984, foi nomeado por João Paulo
II prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para
a América Latina, cargos que manteve por 14 anos, até junho de 1998.
Com a
morte do Cardeal Gantin, o Colégio Cardinalício fica composto por 194 cardeais, dos
quais 118 eleitores e 76 não eleitores. (PL/SP/BF)