DELEGADO APOSTÓLICO EM MIANMAR: SOLIDARIEDADE DO PAPA AO POVO BIRMANÊS
Yangun, 12 mai (RV) - O papa expressou numa mensagem proximidade e solidariedade
ao povo de Mianmar, encorajando todos à esperança. A mensagem foi lida pelo delegado
apostólico em Mianmar, Dom Salvatore Pennacchio, durante a santa missa celebrada na
catedral de Yangun.
O delegado apostólico também exortou os fiéis a depositarem
sua esperança em Cristo, "única válida e eterna resposta ao sofrimento da humanidade".
O
Santo Padre também assegurou orações e ajudas humanitárias à população. A Arquidiocese
de Yangun está buscando ajudar mais de 60 mil famílias. São necessários, sobretudo,
gêneros alimentícios e água potável.
Já foram montadas unidades de assistência
médica nas zonas mais atingidas. Mas passados dez dias da tragédia, inteiras zonas
do país asiático permanecem ainda inacessíveis.
Ressalta-se ainda que as ajudas
são aceitas, mas a distribuição pode ser feita somente por organizações locais. Um
último balanço fala de cerca de 30 mil mortos.
Segundo estimas da ONU, ao invés,
as vítimas seriam entre 60 mil e 100 mil. Os desaparecidos são cerca de 220 mil e
as pessoas atingidas são quase dois milhões.
A Comissão Européia convocou para
amanhã, terça-feira, em Bruxelas, uma reunião de urgência dos ministros europeus responsáveis
pelas ajudas ao desenvolvimento, para discutir a situação humanitária no país.
Todavia,
o site "Mizzima News" denuncia que os centros organizados pelo governo para abrigar
os refugiados do ciclone Nargis são geridos como cárceres.
Segundo o portal,
as igrejas cristãs e os mosteiros budistas são desencorajados a oferecer sua ajuda.
Na capital, Yangun, são publicados os nomes dos vilarejos destruídos, com
o número de mortos e sobreviventes. Porém, são elencados somente os vilarejos com
populações budistas, e não onde vivem católicos, batistas, muçulmanos ou os de etnia
Keren, os quais não terão direito às ajudas do Estado. (RL/BF)