2008-05-08 14:59:59

Papa acolhe peregrinação da Igreja greco-melquita, com um novo apelo á unidade


(8/5/2008) O “Ano Paulino” que se vai celebrar há-de levar a um “conhecimento cada vez mais íntimo da pessoa de Cristo, através de uma leitura renovada da obra” do Apóstolo Paulo: esta a convicção e o desejo expressos por Bento XVI, ao receber, nesta quinta-feira, no Vaticano, uma peregrinação da Igreja greco-melquita (católica), liderada pelo respectivo Patriarca Gregório III, que tem a sua sede em Damasco (Síria), cidade ligada precisamente à figura de São Paulo.
O Papa exprimiu a esperança de que este renovado interesse pelos escritos paulinos possa despertar um dinamismo que assegure um futuro renovado e florescente à Igreja Melquita.
Congratulando-se com as relações fraternas estabelecidas com os Irmãos Ortodoxos, observou Bento XVI:
“O empenho na busca da unidade de todos os discípulos de Cristo é uma obrigação urgente, que brota do ardente desejo do próprio Senhor. Tudo devemos portanto fazer para abater os muros de divisão e desconfiança que impedem de a realizar. Contudo, não podemos perder de vista que a busca da unidade é uma tarefa que não diz respeito apenas a uma Igreja particular, mas sim à Igreja inteira, no respeito da sua própria natureza”.

O Papa referiu também o seu apreço pelas “boas relações que a Igreja greco-melquita mantém com os muçulmanos, seus responsáveis e instituições, assim como os esforços realizados para resolver os problemas que se podem colocar, num espírito de diálogo fraterno, sincero e objectivo”.

“Congratulo-me ao verificar que, na linha do Concílio Vaticano II, a Igreja melquita se comprometeu com os muçulmanos a procurar sinceramente a compreensão mútua assim como em promover e defender juntos, em benefício de todos, a justiça social, os valores morais, a paz e a liberdade”.

Finalmente, uma referência às dificuldades com que se confronta a missão da Igreja, “no contexto agitado e por vezes dramático do Médio Oriente”, em “situações onde a política desempenha um papel que não é indiferente à sua vida”. Reconhecendo a importância de que se mantenham “contactos com as autoridades políticas, as instituições e os diversos partidos”, o Papa advertiu porém que “não compete ao clero comprometer-se na vida política”, campo de acção dos leigos.









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