2008-04-29 13:20:52

Cristãos e budistas juntos na tutela do ambiente,e na promoção de um desenvolvimento sustentável, com especial atenção às alterações climáticas”


(29/4/2008) Prosseguindo as “relações positivas que mantêm desde há muitos anos”, católicos e budistas hão-de continuar a actuar juntos “nomeadamente a favor da tutela do ambiente, na promoção de um desenvolvimento sustentável, com especial atenção às alterações climáticas” – questões que constituem “matéria de graves preocupações para todos”. - Escreve o cardeal Jean Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, na mensagem aos budistas, por ocasião da sua mais importante festa – Vesakh, em que celebram os principais acontecimentos ligados à vida de Buda.
“Não poderemos porventura nós, cristãos e budistas, fazer algo mais para colaborar em projectos que confirmam a responsabilidade que recai sobre todos e cada um de nós?” – interroga-se o cardeal Tauran. A reciclagem, a poupança energética, a prevenção da destruição indiscriminada de plantas e animais, e a protecção das vias de água – prossegue a mensagem – tudo incita a uma mais atenta gestão e, mais ainda, encoraja à boa vontade, promovendo relações cordiais entre os povos.
A Mensagem recorda que a ONU declarou 2008 Ano Internacional do Planeta Terra, citando a propósito as palavras do Papa, a esse propósito, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz, a 1 de Janeiro deste ano: “Muitos governos, ONGs, companhias multi-nacionais e institutos superiores de investigação, reconhecendo as implicações éticas presentes em todo o desenvolvimento económico e social, estão a investir recursos financeiros, partilhando conhecimentos no campo da biodiversidade, das alterações climáticas, da tutela e conservação do ambiente. E também os líderes religiosos vão oferecendo ao debate público o seu contributo, que não constitui apenas uma reacção às recentes e prementes ameaças ligadas ao aquecimento global”.
“O cristianismo e o budismo – recorda a mensagem – sempre têm promovido um grande respeito pela natureza, ensinando que devemos ser todos gratos administradores da terra. De facto, só através de uma profunda reflexão sobre a relação entre o Criador divino, a criação e as criaturas, é que os esforços visando responder às preocupações ambientes evitarão ficar comprometidos pela cupidez dos indivíduos ou afectados pelos interesses dos grupos particulares”.








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