2008-04-25 11:32:23

Viver e anunciar "o Evangelho da esperança: Bento XVI aos Bispos católicos do Cáucaso, em visita "ad limina Apostolorum"


(24/4/2008) Viver e anunciar “o Evangelho da esperança”, colaborando com as outras Igrejas e com os fiéis de outras religiões, exercendo com amor gratuito e espírito evangélico as actividades caritativas, sem intentos de proselitismo – estas as exortações do Papa aos quatro Bispos católicos do Cáucaso, recebidos na conclusão da respectiva visita “ad limina Apostolorum”. Arménia, Geórgia e Arzebaijão são os três países que compõem esta “terra rica de história e de cultura, crisol de civilização, encruzilhada entre Oriente e Ocidente” – como o definiu Bento XVI.
Não obstante as “significativas transformações sociais no caminho do progresso”, depois da queda da União Soviética, “subsistem ainda situações difíceis”, com muitos pobres, desempregados e refugiados – reconheceu o Papa. Neste contexto, e apesar das vicissitudes históricas do século passado, “não se extinguiu a chama do Evangelho, que ao longo das gerações, encontraram no Cáucaso um terreno fértil”, não isento de violentas contraposições que provocaram vítimas, entre os quais “muitos mártires da fé”.
Num território com tantos desafios sociais e culturais, a comunidade católica – reconheceu Bento XVI – constitui um “pequeno rebanho” que vive a própria fé em contacto com outras Confissões cristãs e outras Religiões: católicos de rito arménio, latino e caldeu, ortodoxos, arménios-apostólicos e ainda judeus e muçulmanos.

“Em tal contexto multi-religioso é importante que os católicos continuem e intensifiquem cada vez mais a colaboração com as outras Igreja e mesmo com os que seguem outras religiões” – sublinhou o Papa. “Por outro lado, onde o comunismo não conseguiu extinguir a identidade católica, há que impedir que insidiosas formas de pressão enfraqueçam em alguns o sentido de pertença eclesial”. Sem que tal impeça que, “na sequência do diálogo em curso entre católicos e ortodoxos, cresça aquela fraternidade que deve caracterizar as relações entre as Igrejas”.

Referindo com apreço as diferentes actividades caritativas desenvolvidas pelas comunidades católicas do Cáucaso, com o contributo de religiosos, religiosos e leigos, Bento XVI fez questão de “sublinhar que tais actividades são realizadas com espírito evangélico, na consciência de que a caridade não é para a Igreja uma espécie de actividade social que se poderia deixar a outros, mas pertence à sua natureza, expressão irrenunciável da sua própria natureza” (como recorda a Encíclica “Deus caritas est”).
“Fazei com que todas as comunidades actuem sempre com este espírito. Educai os fiéis a testemunhar com a vida o amor a Cristo sem segundos fins, porque para o cristão o exercício da caridade não pode ser um meio ao serviço do proselitismo, pois o amor é gratuito”.

Os quatro prelados católicos do Cáucaso são: o arcebispo de Adana dos Arménios, Nechan Karakeheyan; o arcebispo de Mardin dos Arménios, Vartan Kechichian; o Administrador apostólico do Cáucaso dos Latinos, o bispo Giuseppe Pasotto; e o padre Jan Capia, salesiano, Superior da Missão “sui júris” de Baku, no Azerbeijão.
Recordamos que no princípio de Março, o cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado, realizou em nome do Santo Padre, uma visita apostólica à Arménia e ao Azerbeijão.







All the contents on this site are copyrighted ©.