2008-04-25 13:10:51

PAPA: "A ARTE CONTRIBUI PARA A EDIFICAÇÃO DE UMA SOCIEDADE ABERTA AOS IDEAIS DO ESPÍRITO"


Cidade do Vaticano, 25 abr (RV) – O Santo Padre recebeu em audiência particular ontem à tarde, na antecâmara da Sala Paulo VI, no Vaticano, o presidente da República italiana, Giorgio Napolitano.

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, o encontro durou quinze minutos e foi caracterizado por um clima de viva cordialidade; foram abordados temas de grande atualidade e o discurso que o papa proferiu na sede da ONU, em Nova York.

Entre os temas, lê-se na nota, destacam-se: a dignidade da pessoa humana, os fundamentos dos direitos do homem, o empenho da comunidade internacional na proteção e na promoção dos direitos humanos; e o diálogo entre fé e razão a serviço do crescimento integral da pessoa e do desenvolvimento harmônico da comunidade humana.

O presidente Napolitano expressou ao papa, em nome do povo italiano, suas congratulações pelos três anos de profícuo Pontificado e suas felicitações pelos seus 81 anos de vida, comemorados no último dia 17.

Bento XVI, por sua vez, renovou a expressão de seus sentimentos de afeto e de participação na vida do "amado povo italiano", assegurando sua constante oração e solidariedade.

Depois do encontro com o presidente da República da Itália, Bento XVI assistiu, na Sala Paulo VI, ao concerto oferecido pelo presidente Giorgio Napolitano por ocasião do terceiro aniversário de Pontificado e pelos 81 anos de vida do papa.

O coral e a orquestra sinfônica "Giuseppe Verdi" de Milão foram dirigidos, respectivamente, por Oleg Caetani e Erina Gambarini. Foram executadas músicas de Berio, Brahms e Beethoven.

Ao término do concerto, o Santo Padre dirigiu sua palavra aos presentes. Ele agradeceu ao presidente da República italiana pelo "precioso" presente de aniversário e de Pontificado; expressou seus agradecimentos também ao coral e à orquestra sinfônica de Milão, que tocaram e cantaram com extraordinário talento e eficácia.

O pontífice expressou sua gratidão à benemérita Fundação "Giuseppe Verdi", encorajando seus membros a prosseguirem no seu prestigioso percurso artístico e cultural, levando a música a situações de dificuldade humana, como em hospitais e prisões.

Referindo-se aos trechos musicais executados, o papa destacou, de modo particular, a música de Brahms, de considerável valor espiritual e artístico, que infunde esperança no espírito humano, tão ferido pelas condições adversas da vida terrena.

Recordando a profunda parentela existente entre a música e a esperança, entre o canto e a vida eterna, o Santo Padre afirmou: "Não é por acaso que a tradição cristã representa figuras felizes que cantam em coro, extasiados com a beleza de Deus. Mas a autêntica arte, como a oração, não deve ser estranha na realidade de cada dia; pelo contrário, ela a irriga e a faz germinar, a fim de produzir frutos de bem e de paz".

As magistrais interpretações que acabamos de ouvir, disse ainda o papa, recordam o valor e a importância universal do patrimônio artístico; de tal patrimônio podemos extrair sempre novas inspirações para a construção de um mundo de justiça e solidariedade, valorizando o serviço do homem e as muitas expressões da cultura mundial.

Falando da importância que reveste a educação à autêntica beleza para a formação da juventude, o pontífice afirmou: "A arte no seu conjunto contribui para aperfeiçoar seu ânimo e para a edificação de uma sociedade aberta aos ideais do espírito".

Neste sentido, disse por fim o papa, a Itália, com seu excepcional patrimônio artístico, pode representar um papel importante no mundo, como mensageira universal de todos aqueles valores que a arte exprime e promove.

A alegria do canto e da música, concluiu Bento XVI, são um constante convite aos cristãos e aos homens de boa vontade a comprometer-se em oferecer à humanidade um futuro rico de esperança. (MT/BF)







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